RADIO BDSM RJ FM

quarta-feira, 23 de julho de 2014






































PRATICAS QUE EU GOSTO DE FAZER COM MINHAS ESCRAVAS 



Adoração por pés. Para o(a) submisso(a), existe a parte estética, a atração física pelo pé em si e o desejo de estar aos pés do Dominador(a). 





Humilhação 
Jogo psicológico onde se subjulga o dominado através de palavras ou gestos que o atinjam. Deve se fazer com que o submisso entenda que faz parte do jogo, caso contrário ele sairá abalado da cena 



Mumificação 
Restrição por meio de mumificação por gaze, filme plástico, gesso, etc… Digamos que é uma subcategoria do Bondage



Self-Bondage 

Prática de bondage feito por si próprio, ’se amarrar’. Deve-se ter cuidado ao praticar self-ondage.



Ball Gag 
Instrumentos que são inseridos na boca para evitar que um submisso(a) possa falar. Podem ter a 
forma de bola, freio; podem ser rígidas ou moles



Spanking 

Técnica SM que envolve espancamento que varia desde o uso da mão, uma toalha molhada ou os famosos chinelos de dedo, indo até o uso do chicote, chibata ou do "paddle" (espécie de palmatória). O "spanking" também deve ser feito com consciência para não causar problemas de saúde. A região dos rins, da cabeça em geral e em especial a região das orelhas, dos olhos e do nariz, bem como a região abdominal deve ser evitada no “spanking”, mesmo que somente com o uso das mãos. O “spanking” genital é uma técnica bastante apreciada, mas bastante perigosa, como se pode imaginar e somente deve ser feita por pessoas experientes e conscienciosas. O “spanking” das plantas dos pés é conhecido como “tortura turca”, mas é igualmente muito perigoso e pode causar lesões físicas importantes. Na dúvida, a melhor região para a prática do “spanking” é mesmo a tradicional região das nádegas (o “bumbum”) como já sabiam nossas avós.


Privações 

É a prática onde se priva o (a) submisso (a) de alguns dos sentidos: a visão, a audição, a fala, usando como meios; vendas, mordaças, gag-balls, tampões de ouvido ou o uso de cinto de castidade.Outra atividade bastante comum é a "proibição" do gozo por parte do submisso(a), onde este deve aguardar a permissão de seu mestre ou dominador(a) para tal.



Tortura Psicológica 

Técnica de SM que não envolve necessariamente nenhum contato físico podendo ser aplicada inclusive por telefone ou mensagens escritas. Em sua forma mais grosseira restringe-se à humilhação por uso de palavras fortes ou xingamentos ou a humilhação por exposição a situações sociais vexatórias, evidentemente respeitando-se sempre os limites do BDSM consensual e seguro. Mas verdadeira tortura psicológica, extremamente sofisticada e requintada, é a arte de localizar os pontos fracos da mente de uma pessoa e, através deles, ir minando aos poucos as defesas psicológicas que ela dispõe. Para que se aplique esta técnica é necessário um perfeito conhecimento de teorias psicológicas, bem como autocontrole e frieza, sendo imperiosa a constante atenção para que não ocorra uma crise catártica descontrolada ou inesperada por parte 
 do dominador



Dog Play 

Ato do submisso (a) se comportar como um cachorro ou cadela. 




Vela - Cera 

Consiste no derramamento da parafina de uma vela que é gotejada no corpo do submisso (a). Geralmente é feito com velas brancas e não de muito perto. 



Chuva de Prata 

Chuva Prata é um termo usado indistintamente para três tipos de fluidos: suor, cuspe e para os 
líquidos sexuais (esperma e gozo feminino)




Chuva Dourada 

É ato de urinar ou receber o jato urinário do parceiro(a), chegando-se, em alguns casos, a beber a urina. A urina pode ser depositada no ânus ou vagina. 




OS DEZ MANDAMENTOS DE UMA ESCRAVA





1. A escrava deve ter como objetivo máximo o bem-estar e a satisfação dos desejos e interesses do Dono, sejam de que natureza forem. Em caso algum a escrava colocará os seus interesses particulares à frente dos interesses do Dono, embora em muitas situações os interesses de ambos possam ser coincidentes.


2. A escrava deve ser para o seu Dono fonte inesgotável de prazer, alegria e descontração. Deve por isso cultivar a sua própria boa-disposição, riqueza interior e serenidade. Deve procurar aprender e manter-se atualizada. Deve também cuidar de si de forma a ter a melhor aparência possível, e manter uma boa saúde física e mental.

3. A escrava deve ter para o seu Dono totais disponibilidades físicas, mentais e emocionais. Deve arrumar a sua vida de maneira a poder responder de uma forma imediata e entusiasta a qualquer solicitação do Dono. Na Sua presença, tudo o resto é secundário, melhor ainda, esquecido. Na ausência do Dono, manterá uma postura irrepreensível, lembrando-se sempre a quem pertence.

4. A escrava deve seguir o seu Dono com devoção, onde quer que vá e o que quer que faça. Sempre ½ passo atrás, atenta e cúmplice.

5. A escrava deve empenhar-se em conhecer profundamente o Dono, os seus gostos e preferências. Saber o que Lhe agrada em cada momento e proporcioná-lo. Deve também erradicar da sua vida qualquer fator de desagrado.


6. A escrava deve ser leve, delicada, feminina. Deve aprender a suavidade dos gestos, a humildade do olhar e saber comportar-se em todos os momentos com graça e sensualidade.

7. A escrava é também objeto de prazer sexual do Dono. Como tal deverá estar sempre pronta a ser usada, em qualquer circunstância ou lugar, pelo Dono ou por quem este designar. Deve focar-se na satisfação dos prazeres do Dono como objetivo único. A sua própria satisfação, se a houver, será sempre opção do Dono e será sempre tomada como uma dádiva.

8. Como propriedade do Dono, a escrava deve esperar ser usada, abusada, esquecida, desejada, preterida, acarinhada, ignorada, escolhida, desprezada, sem que nada disso interfira na sua total entrega e dedicação ao Dono. Deve esperar ser castigada se o merecer, mas também se não o merecer ou compreender de imediato. E saber aceitar, oferecendo sem hesitação o seu corpo ao castigo.

9. A escrava deve ter tanto de reservada e discreta como de devassa, obscena, lasciva, ser um anjo e uma puta. E saber passar de um estado ao outro a um gesto ou olhar do Dono.

10. Por fim, a escrava deve ambicionar ser um prolongamento do Dono, mover-se ao Seu ritmo e ao Seu gosto, ser a Sua sombra e o Seu reflexo.

[BDSM] - Escrava ou Submissa?





"Você é escrava ou submissa?" Na maioria das vezes a pessoa se surpreende com a pergunta e me faz outra pergunta: "Existe diferença?"






Talvez você mesmo esteja agora se perguntando se existe essa diferença, e eu digo: Sim, existe! E as diferenças são bastante significativas.



Antes de apresentar as diferenças, quero deixar bastante claro que tanto o desejo de ser Submissa, ou Escrava, deve partir da pessoa Submissa ou Escrava, nada pode ser imposto: "BDSM sem amor é crime!"



Uma escrava é aquela que entrega toda sua vida ao seu Dono, vive para servi-lo. Quando se torna escravo, uma pessoa já não tem mais vontade própria, se torna objeto de seu Dono. O termo escravo vem mesmo da escravidão que conhecemos, onde os escravos são comercializados, e vivem nas senzalas (por favor, interpretem isso com os dias de hoje). Uma escrava não tem valor algum no coração de seu Dono, não passa mesmo de um objeto, comprado para servir, apenas isso. A perda de vida própria de uma Escrava é tão intensa, que a partir do momento em que uma Escrava assume esta posição, perde inclusive o direito de não querer mais servir. Isso mesmo, uma escrava não poderá nunca se negar a servir seu Dono. Geralmente escravas não podem nem falar, pois isso é visto como uma ofensa para seus Donos. Calma, não se assustem com essa descrição, muitas pessoas vivem isso, não julguem!

Por um outro lado, uma Submissa é o objeto de maior valor na vida de um Dom. Uma relação com uma Submissa deve ser conquistada, neste caso, a submissão é fruto de respeito, amor, busca por proteção, e admiração integral. Submissas tem limites, e podem impor estes ao seu Dom. Nem sempre uma submissa faz tudo o que seu Dom manda, mas SEMPRE faz o melhor para ele. Assim como as Escravas, é escolha de uma Submissa servir seu Dono, mas ela o faz por respeitá-lo, por sentir prazer em agradá-lo, não por obrigação. E uma Submissa pode a qualquer momento negar a submissão, por não estar satisfeita com seu Dono. 

Um bom exemplo de Submissa/Escrava, mas essa não conquistada e sim imposta, 


A DIFERENÇA ENTRE
SÁDICO, DOMINADOR,
MESTRE, DONO E MENTOR.

          “Sádico” é o praticante ativo (*) no BDSM que encontra sua plenitude no S&M (sadomasoquismo) e caracteriza-se pelo uso da prática de infringir dor, castigos e torturas às escravas como forma de prazer (.. mútuo – afinal, não nos esqueçamos do "consensual" sempre presente). É o mais fácil de se classificar, pois sua definição consta de qualquer dicionário.

          Já “Dominador” é o praticante ativo no BDSM, mais destacadamente no D/s, caracterizado pela prática de comandar e subjugar escravas, podendo assim obter delas a obediência e a dedicação que almeja, além da entrega de seu corpo.

          Um dominador geralmente também pratica o sadismo. Não só para castigar suas escravas submissas por alguma desobediência ou indisciplina (mantendo assim seu domínio e disciplinamento sobre elas), como também para seu puro prazer, sendo nestes caso um Dominador Sádico.

          Já o “Mestre” é aquele que educa, ensina, orienta e mostra os caminhos do BDSM para a escrava. Ajuda-a a evoluir, a se descobrir, a se desenvolver e se assumir dentro do vasto universo desta nossa fantasia. Com sua prática, experiência e coerência, pode propiciar à ela a descoberta de suas tendências, de seus anseios, seus limites e suas preferências e características. É acima de tudo, um amigo, um parceiro e um guru.

          Num comparativo, os termos "dominador e sádico" estariam mais ligado à PRÁTICA do BDSM, enquanto "Mestre" estaria ligado à doutrina, ensinamento e pensamento. Desta forma, um Mestre na sessão (seja ela real ou virtual) estaria exercendo também as características de dominador e/ou sádico. Já um dominador – puro e simples – nunca é um Mestre. Quando muito, pode chegar a um "adestrador" ou "disciplinador".

          Ora, pode-se ser dominador sem ser Mestre ? Claro. Basta imaginar uma situação em que um praticante ativo conhece uma escrava já bastante experiente no BDSM. Ele será "Mestre" dela ? Muito difícil. Ele irá tê-la e dominá-la, mas não terá sido ele que a ensinou, guiou ou doutrinou no BDSM. Nem antes, nem durante seu domínio. Assim, ele seria apenas o Dominador dela, mas não o seu Mestre.

          Esta situação é fácil de imaginar, mas e o inverso ? Pode-se ser Mestre sem ser dominador ?

          Claro. Ainda mais hoje em dia - com o desenvolvimento do BDSM na internet –tornou-se comum a figura do Mestre que conhece a escrava nos chats, descobre suas tendências (e faz ela se descobrir), mostra-lhe o universo BDSM, educa-a, faz ela se assumir escrava e se orgulhar disso, descobrindo seus desejos, seus instintos, seus anseios, seus limites e seus prazeres, sem, porém - por algum motivo – possuí-la no Real, desta forma não praticando de fato o ato do BDSM, suas cenas e a sessão tão planejada e imaginada. Ele foi o Mestre dela ? Claro. Não foi o seu Dominador, mas foi o seu Mestre.

          Num caso extremo, poderia-se até imaginar que um praticante ativo pedisse a um amigo seu - mais experiente e paciente com a árdua tarefa de ser Mestre (hehehe) - para "disciplinar e educar a sua escrava". Neste caso, estaria este segundo sendo SÓ MESTRE dela, enquanto seu amigo que a emprestou é que é o Dominador... e Dono dela.

          Porém, como o maior prazer do Mestre é exatamente ensinar, guiar e iniciar  novas escravas ou evoluir aquelas já iniciadas na prática do BDSM, e como para isso é necessário que o Mestre tenha uma grande dose de poder e controle sobre a sub por um longo e irrestrito período de tempo, é comum que um Mestre não se interesse por escravas emprestadas ou por aquelas que se proponham a ser dele em apenas uma sessão. Já os dominadores, sim.

          Continuando, "Dono" é o mais completo e grandioso termo usado para definir um praticante ativo dentro do BDSM. O Dono é aquele que não só domina a escrava, não só a educou, disciplinou e descobriu-a, mas aquele que A TEM. Sua escrava não é simplesmente uma escrava, é "A" escrava. Não é uma sub, e sim a sub DELE. Ele não tem a sua posse restrita às sessões como o dominador, pois sua posse extrapola os limites físicos do BDSM e adentra nos sentimentos, pensamentos, personalidade e convicções de sua sub. A escrava não é escrava sem ele, mas com ele não tem sequer a posse do próprio corpo, que já ofertou a seu DONO, bem como sua mente se volta não para a prática do BDSM (num agrado passageiro àquele que a subjugue numa sessão ou numa cena), mas à dedicação e obediência constante àquele que a conquistou de corpo e alma.

          Mas não limitemos a figura do Dono ao D/s 24/7, onde – convenhamos - sua figura é imprescindível. O Dono existe a partir do momento em que a escrava descobre aquele a quem se entregará e abandona sua busca de um Mestre Dominador. É quando sua libido, seu desejo e seus pensamentos BDSM se voltam para aquela única pessoa com a certeza, a convicção e o orgulho de constatar ser ele sua "cara metade" no universo BDSM.

         Em suma, o Dono tem a entrega da escrava a ele restrita e assumida. Ele tem o DOMÍNIO total e exclusivo da escrava, extrapolando o momento físico da sessão real ou virtual, destacando-o assim do simples Dominador, que pode até dominar escravas que nem são dele.

          Porém, pode-se ser o dominador momentâneo de uma escrava libertina ? Sim. Pode-se até guia-la e ser seu Mestre, mas seu Dono, nunca. Assim o que mais caracteriza o dono é a entrega e fidelidade de sua escrava.

          O Dono também não tem só a atenção e o respeito que tem o Mestre, Ele tem a concordância e obediência cega de sua escrava. Ela não só aprende e se descobre com ele, como é com o Mestre, pois o Dono também impõe seu estilo e molda sua escrava. Afinal, ele é aquele que a sub escolheu não só para conduzi-la, mas para moldá-la e lapidá-la.

          Porém, cumpre acrescentar uma observação: O domínio é uma concepção que pode se materializar através da "propriedade" ou da "posse". Como em BDSM não existe qualquer termo ou ato formal que possa caracterizar uma propriedade (a não ser o registro virtual ou por vezes até cartorial de "contratos de servidão" sem qualquer valor legal ou moral), o Domínio em BDSM não poderia ser exercido através da propriedade, mas tão somente por meio da POSSE. Ou seja, é necessário para ser Dono que o praticante ativo tenha "tomado posse" do que é seu e isso só se processa através de uma relação real.

          Os mais liberais poderiam até encarar uma entrega e sexo virtuais como uma posse do internauta sobre sua escrava. Porém, uma análise mais coerente só leva-nos a concluir que ali houve apenas uma "dominação", nunca uma posse.

          Também a coleira poderia ser confundida como um termo formal de propriedade, mas não é. Ela é um símbolo, e não um termo. Mesmo porque, uma coleira virtual necessita apenas de um clicar no hiperlink "sair da sala" para desaparecer. Porém, a "verdadeira coleira" que um Dono coloca em sua escrava não é virtual e nem mesmo de couro. Ela é de entrega, de convicção, de segurança e de sentimentos. E essa, não há clicar ou fecho que permita tira-la facilmente *pisc

          Destarte, somente pode-se ser Dono no Real. No virtual, no máximo, pode-se ser Dominador.

          Mas não menospreze-se a importância do virtual. Afinal, hoje em dia com a internet, eu diria que o Mestre é uma figura mais presente e salientada no virtual, pois maioria do seu ensinamento e da descoberta da escrava se faz através deste meio. No real, é mais comum o Mestre exercer seu papel de Dominador/sádico, pondo em prática seus ensinamentos e extraindo da escrava tudo aquilo que puderam descobrir, desvendar e aprender em seus contatos virtuais.

          Por fim, os 4 tipos de praticantes ativos anteriores são assim definidos em função de sua relação com suas escravas (sejam virtuais, reais, deles ou não). Porém, existe ainda a figura do “Mentor”, que por vezes pode até ser confundida com a do Mestre, mas que não tem sua atuação no BDSM estreitamente ligada à sua relação com alguma(s) escrava(s).

         O Mestre é aquele que transmite seus conhecimentos e experiências no BDSM, mas em private a um numero restrito de pessoas, em sua totalidade escravas. Já o Mentor extrapola este universo e acaba por também repassar seus conhecimentos a outros Mestres e a grupos, chegando inclusive a ser criador e formador de opinião.

         Sua pretensão - como Mentor - é desde o início restrita ao objetivo de disseminar, discutir e aprimorar o pensamento e a cultura BDSM. Se daí surgir alguma "pupila" em especial por quem ele se interesse, ele passará então a ser Mestre dela, não Mentor “dela”. Desta forma, o Mentor não estaria associado a uma relação direta com escravas, como o Mestre, mas sim a uma relação com o meio BDSM como um todo.

          Inclusive, complete-se que o Mentor nem mesmo tem que ser obrigatoriamente um praticante ativo no BDSM, uma vez que pode-se até classificar como mentores alguns(mas) escravos(as) quando eles, de alguma forma, criam, desenvolvem, aprimoram, discutem, ensinam e proliferam a cultura e o pensamento BDSM a outros praticantes, até mesmo ativos.

          Agora, não me perguntem a definição de Lord, Sir, Herr, FuhrerAdestrador, etc... Os termos que usei aqui não se relacionam aos nicks e títulos que cada um cria e escolhe para si, e sim com seus comportamentos, poder e estilos que eu classificaria nestes 4 tipos. O titulo que cada um usa é de sua livre escolha... Alias.... Ainda bem que é assim, pois se nos baseássemos na maioria dos "aliens" que entram nas salas com nicks de Dominador, Mestre e Dono, estaríamos perdidos. *rs

          Bem, espero Ter demonstrado minha visão quanto às diferenças e interações entre Sádico, Dominador, Mestre e Dono, concluindo que o ideal é ser os quatro: Mestre no prelúdio virtual e no desenvolvimento da escrava, Sádico Dominador na sessão e Dono sempre.
Práticas BDSM
O BDSM é um universo composto por diversos fetiches. Ninguém é obrigado a gostar de tudo, mas é obrigado a respeitar o gosto do outro. Talvez algumas práticas relatadas aqui não te agradem ou possam até ofender. Eu confesso que não aprovo algumas áreas, mas respeito.
Segue algumas práticas e suas definições, segundo a minha experiência pessoal e/ou conhecimento no assunto:
Bondage: Fetiche por amarrar o parceiro. Restringir para dar prazer. Pode ser por cordas, roupas, Vac-Beds, camisa de força, filmes plásticos, etc… Pode ser usado para disciplinar o parceiro. É necessário ter certo domínio no assunto.
Bondage
Self-Bondage: Prática de bondage feito por si próprio, ‘se amarrar’. Deve-se ter cuidado ao praticar self-bondage.
SB
Water Bondage: Fetiche por Bondage debaixo d’agua, ou que contenha água.
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Mumificação: Restrição por meio de mumificação por gaze, filme plástico, gesso, etc… Digamos que é uma subcategoria do Bondage.
Shibari: Arte milenar japonesa de amarrar a pessoa para lhe dar prazer. Feito geralmente em mulheres, a corda é passada pelo corpo de forma estratégica que lhe dê prazer caso tente se libertar ou deixe certas partes do corpo mais sensíveis. A pessoa que recebe o Shibari se chama Dorei.





Breathplay: Também conhecido por Asfixia Erótica, é a pratica de restrição de oxigênio no parceiro. O motivo desta prática, embora não pude comprovar a veracidade, se dá pelo fato de quanto menor a concentração de oxigênio, maior será a concentração de hormônios no sangue, o que causa um maior prazer, ou um prazer prolongado. A restrição pode ser feita de diversas maneiras, como por sacos plásticos, máscaras de gás, mãos, etc… Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. É muito perigoso e não deve ser feito por amadores, o menor deslize pode levar a morte.
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Dominação: Aquele que domina o submisso, tem o poder sobre ele. Pode ser feito por meio físico ou psicológica.
Dominação
Submissão: Aquele que se submete ao poder do dominador, fazendo todas as suas vontades.
Submissão
Sadismo: Aquele que sente prazer em ver o outro sofrer.
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Masoquismo (Algolagnia): Aquele que sente prazer em sofrer por meio de dor e/ou humilhação.
SM
Spanking: Prática de espancamento. Há vários níveis de intensidade, desde tapinhas até chicotadas. Dependendo do gosto da pessoa. Pode ser usado como castigo ou prêmio. A intensidade da batida deve ser feita gradativamente.
Spanking
Pony Girl / Dog Woman: Prática de submissão onde o submisso assume papel de cavalo ou cachorro respectivamente. Sendo tratado como tal.
Pony Girl
Consensual Rape: Prática onde se SIMULA, (ou seja, é concensual) um estupro. Geralmente isso é para mostrar o poder do dominador sobre o submisso.
Rape
Travestimento / Feminização / Crossdressing: Jogo onde o homem veste e se comporta como mulher. O homem não é necessariamente homosexual para ter este fetiche.
CD
Podolatria / Trampling: Fetiche por pés. Geralmente o submissos se submetem a adoração dos pés de seu dominador. Há diversos jogos que se podem fazer com os pés, basta criatividade. Trampling é a fetiche por ser pisado pelo dominador.
Scat: É o fetiche por fezes. Onde geralmente o dominador os fornece ao sumbmisso, onde ele fará o uso de acordo com as vontades do dominador. Deve se ter cuidado ao praticar Scat, pois a transmissão de doenças é evidente.
Golden Shower: Fetiche por Urinar no parceiro. O mesmo cuidado com Scat deve ser feito no Golden Shower, para evitar transimssão de doenças.
Fisting: Ato de inserir a mão, parte do braço, ou algum objeto na vagina ou ânus do parceiro. Deve-se lubrificar muito bem a região e tomar cuidados para evitar a distensão muscular e objetos presos devido ao vácuo.

Waxplay: Brincadeiras com velas dão um clima mais misterioso à cena, e podem ser usados no jogo. A cera derretida pode ser usada para torturar o parceiro. Claro, cuidados devem ser tomados para evitar queimaduras sérias. Deve-se deixa-la numa distância segura para evitar queimaduras graves. Deve-se usar neste jogo velas brancas comuns de parafina. Não devem ser usados velas de cera de abelha, velas coloridas e perfumadas, devido aos elementos quimicos alterarem a temperatura de derretimento.

Infantilismo: Prática que visa tratar e cuidar da pessoa como um bebê ou uma criança. Fazendo-o usar fraldas, mamadeiras, chupetas, etc…


Agulhas: Deve-se ter extremo cuidado com esta prática. Deve-se ter muita prática e experiência no assunto. Sendo definitivamente uma prática para profissionais. Este jogo usa-se agulhas (de costura ou acupuntura) na pessoa para lhe dar prazer.
Agulhas
Içamento: Prática que pode ser derivada das agulhas onde se prendem ganchos na pele da pessoa e ela é içada ao ar. Deve-se ter extremo cuidado com o material utilizado, o corpo da pessoa, e diversos outros fatores que colaborem com a segurança. Esta é uma outra pratica para profissionais.
Humilhação: Jogo psicológico onde se subjulga o dominado através de palavras ou gestos que o atinjam. Deve se fazer com que o submisso entenda que faz parte do jogo, caso contrário ele sairá abalado da cena.
Face-Sitting: Ato onde a mulher senta no rosto do dominado provocando asfixia.
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Privação de Sentidos: Ato onde se priva algum dos sentidos do submisso, como amordaçar, vendar, etc… E aumentar a sensibilidade a outros sentidos.




Eletroestimulação: Ato onde se usa pequenas descargas elétricas para torturar o submisso.
Escarificação: Prática de onde se faz pequenos cortes ou abrasões na pele por meio de facas, lixas, etc…
Medical Play: Prática onde se usa objetos médicos, como espéculo, agulhas, enemas, cateter, etc…
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As regras do BDSM e 

Dicionário

A

Abrasão: Estimulação da superfície da pele por materiais abrasivos, tais como: couro cru, lixa fina, escovas com cerdas metálicas ou não, etc… com a intenção de provocar sensações intensas no(a) submisso(a). Pode ou não deixar marcas temporárias.
Afogamento: Forma de asfixia com utilização de água, geralmente por imersão.
Adestramento: Vide Disciplina.
Agulhas: Utilizada em jogos e cenas, tem forte efeito psicológico, superior ao da dor. Por requerer habilidade e diversos cuidados, inclusive na escolha do material, do tipo apropriado, da forma de inserção e dos locais de penetração, não é uma prática recomendada para praticantes ativos com pouca experiência, sem um prévio e minucioso estudo e conhecimento. Outra prática potencialmente perigosa em função de doenças sexualmente transmissíveis. Registramos que o adepto desta modalidade tem seus conjuntos de agulhas individuais. Não são equipamentos que possam ser emprestados. As agulhas descartáveis são quebradas e jogadas no lixo depois de uma sessão. A regra adotada pelos participantes é a mesma de outras práticas: cabeça e pescoço são regiões proibidas para inserção de agulhas. As regiões corpóreas mais freqüentemente utilizadas são: seios, coxas, nádegas, pernas, pés e, em alguns casos, a região genital. As agulhas são de um calibre muito pequeno, e são comumente usadas para acupuntura.
Ajoelhar: Ato belo e comum às escravas no BDSM. Pode ter várias finalidades: demonstrar a submissão ou denotar adoração ao Dono e expor disciplina, paciência e resignação ao manter-se aos pés dele. Impõe-se fartamente o ajoelhamento em rituais, para podolatria ou mesmo (como pensam os baunilhas ser só para isso) para o sexo oral. O ajoelhamento pode ser tb. Utilizado como tortura, caso a escrava seja obrigada a se ajoelhar sobre milho ou outros objetos e superfícies incômodas ou dolorosas.
Alimentação Controlada: Consiste em privar, forçar ou especificar a alimentação da escrava, com diversos objetivos:
  • Disciplinamento: Fazer a escrava se alimentar daquilo que o Mestre determina, nos horários e na quantidade que ele determina. Seja com objetivo de obediência ou mesmo de regime alimentar;
  • Tortura: Forçar a escrava a se alimentar somente (primordialmente) de alimentos que se desagrade (vide também “ingestão forçada”)
  • Restrição: Restringir os alimentos de agrado da escrava;
  • Punição: Forçar o Jejum ou a ingestão de alimentos repulsivos;
  • Humilhação: Ao restringir certos alimentos, ou até mesmo a forma como a escrava se alimenta (vide “food rituals”), pode-se obter bons jogos de humilhação e disciplinamento.
Algemas: Podem ser de metal, idênticas a de utilização policial, ou de couro, estas com clips para prender e soltar facilmente.
Anal Play: Qualquer fetiche ou prática sexual concernente ao ânus e/ou reto. Normalmente inclui: sexo anal, rimming, enema e fisting anal.
Anal Training: Toda e qualquer atividade que vise a preparação do ânus para o “Anal Play”. Normalmente pode durar dias ou semanas, como, por exemplo, um exercício de dilatação do ânus, preparando-o para ser usado, o que demora pelo menos 2 semanas.
Anallingus: Palavra de origem latina para exprimir o sexo oral anal. É o mesmo que “rimming” para os americanos.
Arnica: Substância utilizada pára aliviar a dor e as marcas resultantes de torturas.
Arreios: Vide “Gag, GagBalls” ou “PoneyPlay”
Asfixia: Prática de restrição de ar ou do fluxo sangüíneo amplificando a sensação do orgasmo. Praticada não só por sufocamento e estrangulamento, mas também através da utilização de sacos plástico, submersão, máscaras de gás, visando o prazer que pode ser proporcionado pela mesma àqueles que se agradam, mas sempre com o máximo cuidado de não ir além dos limites de segurança, podendo causar a morte.
Auto-Flagelo: Prática que consiste em impor e efetuar torturas em si próprio. Na Dominação Virtual acaba sendo amplamente utilizado o auto-flagelo sob ordens expressas do Dono à distância.
Avaliação: É usual a escrava passar por uma avaliação visual e táctil de seu corpo, seja para sua aprovação inicial como escrava, seja para revisão prévia a cada sessão.
B
Barra Extensora (Barra de Imobilização): Barras longas, usualmente de metal madeira com argolas e/ou furos em cada ponta, de diversos comprimentos, usadas em situações de imobilização para manter os braços ou pernas do submisso(a) afastadas. Podem vir com tornozeleiras e/ou pulseiras nas extremidades ou não. Dificultam ou impedem o submisso(a) de andar e dão acesso à área genital. São utilizadas de diferentes maneiras quanto a sua fixação.
Baunilha (Vanilla): Termo usado para indicar o sexo convencional. Pessoas que não estão envolvidas em BDSM. São daqueles que não tem ou não usam fetiches em sua relação. Seriam aquelas pessoas que se intitulariam “normais”. O termo foi criado exatamente para se evitar a utilização de tal definição e também porque “baunilha” é o sabor mais básico de sorvetes (e também o mais insosso *rs). Também é utilizado para definir coisas: relação baunilha, atitude baunilha, pensamento baunilha, sexo baunilha, etc.
Bastinado: De “bastão” (Do latim: “bastonis”,” bastum”). Ato de bater nas solas dos pés. Acredita-se que o bastinado teve sua origem no mundo árabe, onde até hoje é usado. Foi “importado” pelos europeus na época das primeiras cruzadas. Também é referido a algumas regiões da Ásia, como forma de castigo aplicada pelo marido à mulher e aos filhos. A idéia do castigo do bastinado no mundo árabe, além da dor física como forma de punição, é deixar o castigado sem poder andar temporariamente, devido aos ferimentos da punição, em uma clara posição de humilhação. O Castigo consiste em imobilizar o(a) submisso(a), normalmente com as solas dos pés para cima, e aplicar golpes com uma varinha de “canning” somente nas solas dos pés. Deve-se observar que os pés possuem um grande número de terminações nervosas e ossos delicados e a possibilidade de um acidente é real. Não se aplica o bastinado com objetos duros como pedaços de madeira ou chibatas.
BDSM: Sigla que significa:
  • BD = Bondage e Disciplina
  • DS = Dominação e submissão
  • SM = Sadomasoquismo
Bofetada / Tapa: Ato de se bater no rosto com a mão espalmada. Tem forte e imediato efeito psicológico e moral.
Bola: Esfera de metal pesado que se prende (geralmente no tornozelo) da escrava, para limitar/dificultar sua locomoção.
Bolinhas Tailandesas: Objeto de prazer que consiste numa seqüência de bolas presas a uma corda utilizadas para inserção anal ou vaginal.
Bondage (Imobilização): O “B” do BDSM. Bondage na verdade conforma as práticas de escravização. Popularmente usado para referir-se a atividades de imobilização com cordas, lenços, algemas de couro ou metal, tornozeleiras, “spread bars” (barras de alargamento que servem para manter pernas e braços abertos visando à imobilização do(a) parceiro(a)). Todas as “cenas” de Bondage remetem ao tema básico: o cativeiro. Dentro dos grupos e comunidades de BDSM existe uma regra básica de segurança, definindo que imobilizações ou “amarrações” só são feitas do tórax para baixo. Cabeça e pescoço são áreas proibidas devido à possibilidade de asfixia. Dentro do S.S.C. há um limite de tempo para se deixar alguém imobilizado, em decorrência da possibilidade de isquemia tecidual, ou seja, da falta de irrigação sangüínea em uma área. Algumas pessoas acham extremamente sensual a situação de estarem imobilizadas, à mercê de outrem. Estar fisicamente imobilizado dentro de um contexto de consensualidade dá a possibilidade para os aficcionados de experienciar sua sexualidade livremente, o que, talvez, de outro modo, estas pessoas poderiam não ser capazes de se permitir em virtude de questões morais ou de educação. Bondage pode ser também visto como a transferência da responsabilidade para quem coordena a ação.
Bottom: (Do inglês: “bottom”: fundo, inferior, nádegas) Termo em inglês para se referir ao praticante na posição de submissão, entrega, masoquismo, obediência, etc. Escrava.
Branding: Queimadura na pele. Normalmente com ferros aquecidos ao rubro, para produzir escarificação. O Branding pode ser parte de uma cena, de um ritual ou modificação do corpo. Os desenhos geralmente consistem em linhas e curvas não conectadas, feitas individualmente e cada uma separada da outra por uma porção de pele não alterada. A razão para as linhas não conectadas é garantir que os elementos que formam o “design” da figura não cicatrizem em uma figura disforme. A pele humana cicatriza de maneira diferente da pele do gado. É o uso de um ferro em brasa, com uma letra ou símbolo para marcar definitivamente alguém. Deve ser sempre são, seguro e consensual. Historicamente, o branding é relacionado como símbolo de criminalidade ou escravidão. Marcas eram colocadas em criminosos na Idade Média, e em escravos. Encontrado na comunidade BDSM em relacionamentos estáveis e duradouros, onde o(a) submisso(a) consente em levar uma pequena marca de “propriedade”. Os locais mais comuns para o branding são os seios, a parte interna dos braços, a região lombar, nádegas e parte interna da coxa. Como, ao cicatrizar, o branding aumenta de tamanho, atingindo de 2 a 3 vezes o diâmetro original, especialistas em branding usam pequenos “moldes” para esta prática. É uma atividade bastante controversa dentro da comunidade BDSM. Mesmo feito com todos os cuidados é extremamente doloroso, traumático, agressivo ao corpo e permanente. E os relacionamentos humanos no mundo de hoje são mutáveis. Como dizia o poeta Vinícius de Morais, “Que seja eterno enquanto dure…”.
Breast Bondage: Ato de amarrar os seios femininos com corda, cadarço, bandagens, etc. Como parte de um jogo erótico BDSM. Pode incluir “nipple bondage”, onde se amarram os mamilos dos seios. Deve-se tomar cuidado com a amarração dos mamilos para não se provocar uma isquemia tecidual.
Brincos Genitais: Brincos presos ao sexo da escrava, geralmente mediante piercing, simbolizando marca de propriedade.
Body Modification: Qualquer atividade de modificação ou ornamentação do corpo como ritual erótico, decorativo ou de fetiche. Comumente incluem tatuagem, piercing, branding e cortes superficiais.
Bukkake: Prática que consiste em um ou mais homens ejacularem fartamente sobre o rosto da escrava.
Bull Whip: Chicote trançado fino e bem longo. Necessita de habilidade para seu uso, geralmente a uma boa distância da escrava.
Butt Plug: Objeto em forma de pênis, mas com um estreitamento na base, próprio para ser inserido no ânus. Normalmente de látex ou borracha. Alguns podem vibrar ou expelir líquidos. Podem ser usados para treinamento anal.
C
Cage: (Do inglês: gaiola) Podem ser de metal ou madeira, mas devem ser grandes o suficiente para acomodar uma pessoa.
Calabouço (Dungeon): Aposento projetado e especificamente decorado e equipado para sessões BDSM. Também conhecido como masmorra.
Camisa de Força: Camisa de forte material, geralmente lona, utilizada por centros psiquiátricos para imobilizações e também no BDSM com o mesmo fim.
Camurça: Material usado na confecção de chicotes que provoquem dor bem moderada.
Cane: Vara de bambu ou rattan, que geralmente tem entre 30 e 60 centímetros de comprimento. Muito utilizada pelos ingleses durante sua permanência na Índia, como instrumento de disciplina. A mais usual (e hard) é a Vara de Rattan (produzida com este material).
Canga: (Do chinês: “Kang-kia”) Instrumento de tortura que consiste em duas tábuas articuladas que se abrem no sentido longitudinal. Possue três ou cinco recortes simétricos por onde se encaixa e se prende a cabeça e os punhos ou, a cabeça, os punhos e os tornozelos do escravo(a). As tábuas são fechadas e o escravo(a) é impedido de sair. Pode ter várias alturas diferentes aumentando o suplício do escravo(a). Existe também. a canga com 4 furos, para os pulsos e tornozelos.
Canning: Espancamento por Cane.
Cateter: (Do grego “katheter”). Sonda cirúrgica. Instrumento tubular feito de materiais diversos, o qual é introduzido no corpo com o objetivo de retirar ou inserir líquidos e efetuar exames. No BDSM é utilizado para controle das necessidades fisiológicas do submisso(a).
Cateter de Foley: Tipo de cateter onde um balão pode ser inflado com uma solução estéril em uma das extremidades.
Cat ‘o Nine Tails: (Do inglês: gato de nove caudas) Termo originalmente usado para se referir a um chicote usado pela marinha britânica em punições à bordo de seus navios de guerra. Atualmente usado para referir-se a chicotes com muitas pontas.
Cavalete: Peça com quatro pés, revestida de espuma ou não na parte superior, podendo conter argolas para fixação dos punhos e tornozelos. Dentro do BDSM o cavalete é amplamente utilizado para a prática do spanking ou canning. O escravo(a) debruça-se no cavalete e é atado nas argolas do mesmo. O cavalete deixa o escravo(a) exposto ao dominador(a), pela posição assumida. Pode se colocar a escrava montada. Com o tempo e o peso do corpo sobre os genitais, o incômodo se transforma em dor de intensidade crescente.
CBT – Cock and Ball Torture: (Do inglês: Tortura de Bola e Pau) Prática de tortura específica do submisso masculino. Consiste em se aplicar jogos de tortura na região genital masculina. Basicamente se usam “clamps”, cintos de castidade para pênis, pesos, etc..
Cena: Uma cena é uma atividade/jogo específico dentro de uma sessão ou relacionamento. P.ex: Uma cena de spanking, uma cena de chuvas, de sexo, de disciplinamento, etc. Não confundir sessão com cena. A sessão é composta de diversas cenas.
Cera Depiladora: Usada no BDSM como tortura.
Chibata: Peça composta de um cabo e uma haste semi-flexível, normalmente utilizada para montaria. Consegue-se bastante precisão no spanking.
Chicote: Composto de um cabo, uma única longa tira de couro, podendo ter na ponta um pedaço triangular de couro. É o instrumento usado pelos domadores de feras nos circos.
Chicote de Cavalaria: Chicote usado por Jóqueis para montaria. Chicote da Tiazinha.
Chicote de Couro Cru Trançado: Chicote de uma única tira de couro cru trançado (se tiver varias tiras, torna-se um rabo de gato)
Cigarros: Utilizados no BDSM para branding, como adereço de charme, para humilhação (baforando no rosto da escrava ou usando-a como cinzeiro) ou disciplinamento (ao ordenar que a escrava o acenda, porte o cinzeiro ou limpe as cinzas).
Cinto: Utilizado para surras, o cinto pode ser bastante doloroso. Além de, por causa de suas costuras e de sua própria constituição, poder chegar a doer e marcar mais que um chicote bem escolhido.
Cinto de Castidade: Aparelho fechado por cadeado ou outro dispositivo que outrora as mulheres usavam, principalmente na idade média, com a finalidade de impedir as relações sexuais. Dentro do BDSM os cintos de castidade tem aplicações temporárias, por horas ou dias, e normalmente são de couro ou um metal não oxidante. Visam impedir o contato sexual. Para os submissos homens existe um aparelho que envolve o pênis e torna a ereção extremamente dolorosa.
Chuva Dourada: Vide Golden Shower:
Chuva Marrom: Ato de defecar no submisso(a) Deve-se notar que as fezes contem inúmeras bactérias e germes nocivos á saúde.
Chuva de Prata: Jogos e fantasias envolvendo suor, saliva, gozo e(ou) esperma.
Clamp: Prendedores usados em mamilos, lábios vaginais, escroto, etc. Acessório comum em uma cena de SM. Pode ter mola para aumentar ou diminuir a pressão, pode ter ganchos para se pendurar pesos ou correntes. Normalmente fabricados de plástico ou metal. São de quatro tipos básicos: Prendedores (de roupa ou semelhantes aos mesmos), Jacarés (vide), pinça (vide) e clamp japonês (vide).
Clamp Japonês: Um engenhoso tipo de clamp que aumenta a pressão na medida em que se puxa a corrente ligada ao mesmo.
Clips: Vide Clamps.
Clister: Vide Enema.
Código de Parada / Código de Segurança: Vide Safeword.
Coleira: Um símbolo de entrega usada por um(a) submisso(a). Uma coleira é posta ou dada em um relacionamento como um profundo símbolo de entrega. Um(a) submissa(o) encoleirada(o) é considerado como propriedade ou parceira(o) de um(a) dominador(a). Pode ser usado também como equipamento em uma imobilização.
Consensual: Atividades ou comportamentos acordados e de conhecimento de todos os que estão envolvidos. A consensualidade verdadeira exige que todos os participantes envolvidos em uma prática BDSM, sejam dominadores(as) ou submissos (as), tenham um mínimo de conhecimento do que vai ser feito e como vai ser feito, e tenham conhecimento dos possíveis riscos. No Brasil, a consensualidade ainda é algo pouco difundido e menos ainda praticada em seu sentido mais profundo. Não basta dizer, por exemplo, “vou te amarrar”. Tem de existir tanto por parte do submisso como por parte do dominador o conhecimento de como fazê-lo, controlando os possíveis riscos e controlando todos os aspectos envolvidos. Sejam técnicos, teóricos, práticos ou psicológicos.
Contrato: Um acordo escrito e formal entre as partes (dom e sub) definindo direito e obrigações de cada um. Estes contratos não têm qualquer valor jurídico, mas algumas vezes são utilizados para definir relacionamentos.
Coprofagia: Vide “Chuva Marrom”.
Couro Preto: Material muito utilizado para vestimentas e equipamentos no BDSM…
Crossdressing: Ato de se vestir um homem de mulher ou mulher de homem. Mais comum entre homens submissos, do que em mulheres submissas, talvez por causas sociológicas. Em alguns grupos o homem submisso assume verdadeiramente o papel de mulher, inclusive servindo sexualmente. Uma espécie de travestismo.
Cruz em “X” ou Cruz de Santo André: Cruz em forma de X, com argolas em todas as extremidades. Utilizada dentro do BDSM para imobilizar o escravo(a).
Cócegas: Vide Tickling.
Crucificação: Prática de se prender a escrava a uma cruz e ali deixá-la. Mais que uma forma de imobilização, a crucificação torna-se uma tortura a partir do momento em que a escrava é ali deixada por longas horas até que perca sua sustentação nas pernas.
Cunnilinguis: Sexo oral na escrava.
Depilação: Prática comum no BDSM, não só do Mestre depilar sua escrava como também desta manter a depilação ao gosto de seu Dono. Inexiste uma forma específica de depilação da escrava, que deve obedecer o gosto e ordem do seu Dono, podendo até ser total.
Disciplina: O “D” do BDSM. Pode ser: punição, disciplina estruturada visando treinar o submisso(a), componentes de jogos de castigo/recompensa. A definição de Disciplina dentro do BDSM é muito ampla e será tratada em trabalho à parte.
Doação: Menos comum que o empréstimo e o leilão, o Dom tb. pode ter o direito de doar a sua escrava. Assim, a doação se processaria como no leilão: a obrigação da escrava para com seu ex-Dono que a doou se restringe apenas a uma sessão com o novo Dono, uma vez que uma doação não pode definir nem impor a entrega permanente da submissão da escrava, que é algo pessoal e subjetivo.
Dogplay / Dogwoman / Dogman: (Do inglês: “dogwoman” – mulher cachorro) Ato do submisso(a) atuar e comportar-se como um cachorro ou cadela. Dentro do BDSM, deve comer em uma terrina, dormir aos pés da cama do dono(a), assumir posições previamente treinadas, etc…A prática de dogwoman requer adestramento como um cachorro/cadela.
Domar: Vide Adestrar.
Dominação: Base do BDSM, mais especificamente do D/s, que consiste na imposição, disciplinamento, adestramento e condução das atitudes da escrava, neste caso, a submissa.
Dominação Psicológica: Prática de dominação que consiste em jogos de humilhação e subjugo verbal e psicológico, muitas vezes mediante disciplinamento rígido, humilhação, inferiorização ou jogos/palavras de forte impacto emocional. Também define a tentativa de coordenação, disciplinamento, adestramento e condução dos sentimentos e pensamentos da escrava.
Dominação Pública: Prática de dominação que consiste em jogos e cenas em locais públicos.
Dominação Virtual: Dominação feita através da Internet, que consiste em narrar interativamente cenas BDSM ou mesmo impor castigos, regras, ordens e tarefas à distância.
Dorei: (Do japonês: “Dorei”. Tradução aproximada: escrava). Nome dado á mulher submetida ao Shibari (Ver: Shibari)
D/s: Dominação/submissão.
DST: Doença Sexualmente Transmissível. Doenças que são transmitidas devido ao contato com fluídos corporais de outra pessoa.
Dupla Penetração: Penetração simultânea da vagina e do anus.
E
Eletrodo: Condutor metálico de vários formatos, por onde uma corrente elétrica entra no sistema ou sai dele. O eletrodo dentro do BDSM é usado para aplicação de impulsos elétricos no corpo humano. (Ver: “eletro-estimulação”) Pode ter várias formas e tamanhos.
Eletrochoque: Como o próprio nome diz, Eletrochoque consiste em se aplicar choques elétricos de forte voltagem sobre o corpo da escrava. Bastante utilizado como tortura coercitiva e confessional, não é prática comum no BDSM por conta de seus riscos. Não deixe de ver “eletroestimulação”.
Eletroestimulação: Práticas de eletroestimulação não são freqüentes dentro da comunidade BDSM. Talvez pelo perigo que potencialmente representam para a vida das pessoas envolvidas. Um ponto bastante reforçado por pessoas da comunidade é que eletroestimulação não é aplicação de choques elétricos e sim a possibilidade de dar ao parceiro(a) estímulos externos completamente diferentes e atuando profundamente no corpo. Esta prática requer conhecimentos de anatomia e eletricidade para se alcançar todo o potencial existente. Pode-se, segundo depoimentos de aficcionados, conseguir a estimulação involuntária de nervos e músculos no corpo, gerando desde uma simples sensação de “formigamento” até seguidos orgasmos. Existem aparelhos específicos para esta prática que limitam a corrente utilizada e advertem claramente em seu manual de instruções que toda e qualquer atividade com eletroestimulação deve ser feita da cintura para baixo. Esta prática é proibida aos portadores de marca-passo, cardiopatas e pessoas que sofrem de epilepsia. Também é desaconselhada para pessoas que têm “piercings” no corpo.
Empregadinha: Cena BDSM que consiste na transformação visual e de atitudes da escrava em empregada doméstica (Vide também “serviçal pessoal”)
Empréstimo: Prática que consiste no empréstimo da escrava a outro Dominador, com ou sem a presença do Dono ou reciprocidade.
Endorfinas: (Beta-Endorfinas) – Componente químico produzido naturalmente pelo organismo humano que está envolvido na percepção cerebral da dor. O nome é derivado de “endo” que significa interno e de “morfina”. As endorfinas são quimicamente semelhantes aos opiáceos. A grande euforia descrita por alguns submissos(as) após sessões de BDSM onde a dor atinge níveis altos, em parte pode ser associada á liberação de endorfinas pelo corpo humano.
Enema: Ato de se inserir no ânus e reto determinada quantidade de líquido, visando a humilhação, quebra de resistência psicológica ou preparo para o sexo anal. Também existe a palavra pouco utilizada “clister”, em português, ou “klistier”, em alemão, para designar enemas.
Enforcamento: Forma de asfixia, de incômodo ou mesmo de restrição de movimentos da escrava.
Escarificação: A escarificação é o ato de provocar pequenas cicatrizes na pele com instrumentos cortantes, lixas, ou materiais abrasivos. Prática pouco freqüente na comunidade BDSM. Usada em situações de SM, e quase nunca encontrada em situações de BD e DS. Os cortes são superficiais e podem ter formas geométricas, letras, etc. Como há sangramento, o risco de transmissão de doenças é grande. É mais comum a auto-escarificação e existem sites na Internet dedicados a esta modalidade, que está pouco associada ao BDSM e vem ganhando espaço entre culturas alternativas. Socialmente encontrada em tribos africanas, algumas culturas da Polinésia e Oceania, são símbolos ritualísticos de passagem ou, na África, denotam o status marital de uma mulher.
Escárnio: Cena BDSM que consiste em se escrever nomes injuriosos, humilhantes e agressivos no corpo da escrava, com uso de tinta, bem como palavras de ordem como “coma-me”, “chupe-me”, etc.,geralmente antes de sua exposição ou empréstimo.
Escrava: A diferença e definição de escrava e submissa é um assunto há tempos controverso no BDSM que chega até mesmo a gerar preconceitos e pejoratividade a um dos termos. Existem diversos pensamentos sobre o assunto, dentre os quais destaco:
a- A escrava seria a praticante libertina e livre, já a submissa seria a escrava com Dono;
b- A escrava seria a praticante ligada ao S&M e a submissa ao D/s (existe S&M sem D/s e D/s sem S&M ?);
c- A escrava seria a submissa arredia, rebelde, desobediente e desafiadora a ser domada/vergada;
d- A submissa seria uma evolução da escrava, ou seja, uma escrava já treinada;
e- por outro lado, outra corrente define a escrava como sendo uma submissa que não tenha mais vontade ou limites com seu Dono, logo, seria por este ponto de vista mais evoluída que a submissa;
Espéculo Vaginal / Anal: Instrumento médico usado para se examinar a vagina, dilatando-a mecânicamente. Usado em práticas de exposição e jogos médicos. São feitos de plástico e descartáveis. Requer uma certa técnica a introdução de um espéculo na vagina.
Espéculo Oral: Instrumento médico usado para manter a escrava com a boca aberta.
Espancamento: A palavra, como muitas outras em BDSM, assusta iniciantes e curiosos. Mas não confundi-la com o crime agressiva e não consensual. Tudo em BDSM é feito com consensualidade, responsabilidade e visando o prazer e realização mutuos. Vide “spanking”.
Espora (Circular): Espora de pontas finas e circulares, presa a um cabo e giratória, utilizada para tortura da escrava. As pontas não chegam a penetrar a pele, porém, o efeito psicológico e a sensação no momento são extremamente torturantes, ainda mais vendando-se a escrava. Em partes sensíveis do corpo, como mamilos e sexo, a espora é bastante dolorosa.
Espremedor de Seios: Artefato de tortura que consiste em duas barras de madeira que vão sendo juntadas por meio de uma borboleta e servem para espremer os seios da escrava entre elas.
Estupro: Prática criminosa que consiste em obrigar outra pessoa ao ato sexual, seja sob coação, violência, força ou mesmo impedindo sua recusa. O estupro só se correlaciona ao BDSM através de sua prática como teatralização (o Dom “fingiria” ser um bandido estuprador e a escrava sua vítima), pois, uma vez que a base do BDSM é a consensualidade e o estupro é uma prática totalmente coercitiva e não-consensual, o mesmo em nada se correlaciona ao BDSM.
Estrangulamento (Agonofilia): Prática que consiste em fantasiar o estrangulamento, visando “hipoxifilia”.
Face-Sitting: Prática mais ligada à dominação feminina, que consiste em sentar-se sobre o rosto da escrava.
Fang Chung Chu: (Artes da Câmara Interior) É o coletivo para as práticas sexuais chinesas taoistas, praticadas para se conseguir a unidade com o Tao ou a imortalidade. São relatados casos de estados alterados de consciência ao se fazer uso desta prática. A muito grosso modo é o equivalente chinês ao Kama Sutra Indiano. Algumas práticas BDSM utilizam-se da técnica do Fang Chung Chu.
Feminização: Jogo erótico de dominação feminina onde o escravo é vestido e tratado como menina ou mulher.
Ferro Quente: Vide Branding.
Fetichismo: Erotização de objetos, comportamentos, vestimentas ou partes do corpo.
Fist Fucking (Fisting): Do inglês: Fist: punho + Fucking (meter, na gíria) . Uma das mais intensas práticas dentro do BDSM. Consiste na introdução da mão (punho) na vagina ou ânus. Tem mais adeptos dentro da comunidade gay, mas não está associada á práticas homossexuais dentro da comunidade BDSM. Inicialmente, o dominador(a) introduz vagarosamente os dedos, até conseguir um relaxamento muscular do parceiro(a). Deve existir uma grande cumplicidade entre o dominador(a) e o submisso(a) para esta atividade. Fisting requer tempo, atenção, cuidado e carinho. Com a lubrificação adequada, fisting não é necessariamente uma experiência dolorosa. De qualquer maneira, é consenso dentro da comunidade BDSM que a prática do fisting não é utilizada para causar dor e sim prazer no(a) parceiro(a) como uma forma intensa de penetração. Praticantes de Fist Fucking dizem que esta é uma atividade sensorialmente profunda, tanto para quem está recebendo como para quem está conduzindo. O fisting tem inúmeros componentes psicológicos: Pode remeter à uma sensação de violação, humilhação ou abandono. O punho é um símbolo de poder, literalmente. A introdução do punho dentro do corpo de um ser humano tem um enorme impacto tanto emocional quanto sexual, pois diferente de objetos artificiais (vibradores, butt plugs, etc.) a destreza e o movimento da mão provoca uma sensação única. Lembramos que a introdução de qualquer coisa no ânus/reto é uma atividade de alto risco, que pode resultar em hemorragia.
Flog: Vide Chicote Trançado.
Food Rituals: Rituais, humilhações, torturas e/ou estimulações envolvendo comida.
G
Gaiola: Vide Cage.
Gag / Gagball: Instrumentos que são inseridos na boca para evitar que um submisso(a) possa falar. Podem ter a forma de bola, freio; podem ser rígidas ou moles. Não se deve usar as Gag balls que possuem balão de inflar, pois podem induzir a um sufocamento. Deve-se também, ao se usar gag balls, convencionar uma “safe word” que possa ser entendida pelo dominador(a), como, por exemplo: batidas com as mãos ou pés, movimento de cabeça, ou algo similar, visando preservar a segurança da situação.
Gatilhos Emocionais: Associações de palavras, gestos, ações, comportamentos ou situações que provocam e desencadeiam reações emocionais. Um bom dominador(a) deve possuir tato para perceber quais são os gatilhos que desencadeiam reações positivas e negativas em seus submissos(as). E deve ter responsabilidade para usá-los ou evitá-los também.
Gelo: Tanto o gelo como qualquer outro material gélido são amplamente utilizados no BDSM para tortura e sensibilização.
Guia: Tira de corrente ou outro material destinada a prender-se na argola da coleira de sessão para com ela o Dom puxar e guiar a escrava.
Guizos: Utilizado na Poney Girl (vide) preso aos seios por piercing ou clamps. Pode ser utilizado também em outras práticas BDSM para indicar pelo som onde a escrava se encontra ou restringir e tornar explicito seus movimentos.
Golden Shower: Vide Chuva Dourada.
Gor, Goreano: Estilo de BDSM baseado nos livros de John Norman. Pouco adotado em virtude de uma visão machista e desprovida do S.C.C. Seus maiores seguidores estão nos E.U.A.
H
Hashi: Os palitos utilizados como talher na culinária oriental e que, juntamente com elásticos, pode ser utilizado no BDSM como clamps.
Hentai: Desenhos e quadrinhos eróticos japoneses.
Higienização: Vide Wash.
Hipoxifilia: Atração por teor reduzido de oxigênio, mediante utilização de mascaras de gás, panos molhados, estrangulamento e sufocamento.

Hojojutsu: (Do japonês: “hojoju-tsu”)

Também referido como Kinbaku

Técnica tradicional de encarceramento e tortura usada no Japão feudal pelos samurais e pela polícia, com 4 leis fundamentais:

1- Impedir o prisioneiro de escapar

2- Não causar nenhum dano físico ou mental ao prisioneiro

3- Não divulgar a técnica de hojojutsu a ninguém que não pertença ao clã

4- Ter uma concepção artística ao executar o hojojutsu

Do Hojojutsu originou-se o Shibari

O hojojutsu foi aplicado até meados de 1900 pela polícia local japonesa.
Humilhação: Ato de provocar a DOR MORAL. Redução deliberada do ego para propósitos eróticos, variando de embaraço moderado a degradação.
I
Infantilismo: Jogo erótico em que a escrava é tratada como bebê ou criança.
Infibulação: Vide Piercing.
Ingestão Forçada: Tortura, disciplinamento ou humilhação que consiste na imposição de ingestão pela escrava de determinado tipo de alimento, objeto ou substância. A ingestão forçada torna-se tortura quando o objetivo é o excesso de ingestão ou a ingestão de objetos repugnantes.
Inversão de Papéis: Define duas práticas:
1. O ato de se inverter as posições dentro de uma sessão ou relacionamento, ou seja, a escrava dominar o Dom por um período de tempo determinado.
2. Cena em que a mulher(seja Domme ou mesmo a escrava) assume a posição masculina, penetrando o parceiro com uso de straps (pênis de borracha).
J
Jacarés: Um tipo de “Clamps”, ligado ou não por correntes.
K
Kaviar: Gíria Alemã para Coprofagia.
Kimbaku: (Do japonês “kimbaku”). Palavra usada no Japão para designar o Shibari. (Ver: Shibari)
Klister: Vide Enema.
L
Latex: Material utilizado para roupas no BDSM.
Leilão: Prática grupal pública que objetiva leiloar escravas, seja apenas para pequenas cenas, seja com a completa transferência de posse. Neste último caso, a obrigação da escrava para com seu ex-Dono que a leiloou e(ou) para com o resultado do leilão se restringe apenas a uma sessão, uma vez que um leilão não pode definir nem impor a entrega permanente da submissão da escrava a um Dono, que é algo pessoal e subjetivo.
Limites: As fronteiras das atividades no BDSM acordadas e conversadas entre dominador(a) e submissa(o), definindo o que e até onde uma prática, uma cena ou um relacionamento podem ir. Limites devem ser obrigatoriamente respeitados. O limite se aplica às regras, cenas, práticas, níveis de dominação e submissão, duração das cenas, etc.
M
Maiúscula / Minúscula: Refere-se à grafia de letras em BDSM virtual. É comum alguns Mestres teclarem sempre em maiúsculas, denotando sua condição de Top (porém, como maiúsculas tb. significam “gritos”, muitas vezes esta confusão inviabiliza tal liturgia). Também existe a convenção de nicks de escravas iniciarem em minúsculas e de Doms em maiúsculas. Porém, como toda convenção, a falta de rígida observação e generalização acaba por torná-la ineficiente.
Máscara: Utilizada não só para preservar a identidade, tanto dos Mestres quanto das escravas, mas também como utensílio de humilhação ou até tortura (esta com o uso de máscaras de ferro, incomodo ou total privação de sentidos e/ou movimentos).
Masmorra: Vide Calabouço.
Marcas: Resultantes de torturas. A grande arte do sádico está em saber adequar as marcas (sua intensidade e tempo de permanência) às possibilidades de exposição da escrava, não causando-a, assim, qualquer infortúnio pessoal ou profissional que contraria a segurança da relação (SSC).
Marcas de Propriedade: Adereço que denote e demonstra que a escrava é propriedade/posse de um Dono. Pode ser de diversos tipos, desde um pingente ou brasão na coleira, um piercing, brinco vaginal, anel, tatuagem ou mesmo um tipo específico de nick “escrava do Mestre” ou um adendo ao nick da escrava “escrava{M}” ou, no caso das minhas escravas, o “J_(escrava)”. A “marca de propriedade” não é o objeto em si (a coleira, a tatuagem, o anel, o piercing ou o nick), mas o desenho, o símbolo ou o brasão constante no mesmo, que este sim denota a propriedade.
Masoquismo: O gosto erótico pela dor, humilhação em ser dominado(a). Algumas vezes o termo é usado para designar a pessoa que gosta de dor mais intensa, ou que tem prazer em atividades que causem maior nível de dor.
Mentor: Um conselheiro, alguém em quem se possa confiar plenamente, e que tenha um certo conhecimento de técnicas BDSM. É um amigo e instrutor, tanto para a parte técnica como para a parte conceitual do BDSM.
Mesa Esticadora: Móvel muito utilizado para torturas medievais, que consiste numa mesa onde a escrava é presa numa ponta pelos pés e na outra pelas mãos e, por uma das pontas a corda ou corrente que a prende é enrolada numa roldana, puxando a escrava até o máximo de esticamento de seu corpo.
Medical Play: Consiste nas práticas com alguns objetos de uso médico. Os mais difundidos são: espéculos vaginais, espéculos retais, e ânsucópios. Enemas, cateteres, agulhas e fist fucking podem entrar em sessões de Medical Play. Luvas cirúrgicas descartáveis são comumente utilizadas. Existe aqui uma boa dose de exposição da região genital e, em função disso, pode-se pensar em estímulos sensuais subseqüentes decorrentes de exibicionismo e do prazer advindo da sensação de estar envergonhado, que se somam aos estímulos principais, provenientes da relação de “dominação/submissão”.
Milho: Utilizado para tortura de se colocar a escrava ajoelhada sobre ele. O milho mais usual é o de pipoca. Mas pode-se também utilizar feijão (para uma tortura mais light) ou milho de canjica (para uma dor mais intensa). Para torturas ainda mais hard pode ser utilizada também tampas de garrafa, limalhas de ferro ou outros materiais, bem como fazer a escrava ajoelhar sobre superfícies incomodas e/ou dolorosas, seja por sua textura ou ate temperatura.
Misofilia: Prática envolvendo sujeira.
Mordaça: Tipo de gag utilizado para impedir a fala da escrava (diferente dos “Gag, GagBalls”, “arreios” e “mordedores” que tem a função maior e humilhante de fazer a escrava salivar).
Mumificação: Prática de se imobilizar o submisso(a), enrolando o corpo deste com ataduras, plástico, filme de PVC transparente (Magipack), ou congênere, impossibilitando qualquer movimento. Cuidado especial deve ser tomado para se evitar asfixia. Algumas vezes a prática de mumificação induz o(a) submisso(a) a um estado eroticamente alterado de consciência, provocando um mergulho no interior de si mesmo.
Munch: Reunião BDSM em local público, sem cenas, organizada com o fim de possibilitar que as pessoas se conheçam e/ou discutam sobre a filosofia BDSM. Além dos adeptos, também podem participar simpatizantes e “não praticantes”.
N
Nick: Apelido ou pseudônimo usado nas salas de bate papo e no meio virtual BDSM, que geralmente se estende ao meio real, onde Mestre e escravas se tratam pelo nick e não pelo nome de batismo. Os nicks podem indicar a condição de seu usuário. Seja pelo seu escrito (Mestre fulano, escrava cicrana), seja pela forma como se escreve ( existe a convenção de Doms usarem nicks com iniciais maiúsculas e escravas com iniciais minúsculas). Os nicks também podem ter marcas de propriedade, indicando assim que a escrava tem Dono.
O
Olhar: Vide “Vistas baixas”.
Orgulho: Não confundir com o orgulho no sentido de prepotência, vaidade ou indisciplina. O Orgulho da escrava está em “ser escrava”, pois uma escrava deve ter orgulho de sua posição, opção, entrega e dom. Isso a faz uma escrava orgulhosa, o que, na minha opinião pessoal, é a escrava perfeita. Nas fotos selecionei uma cena em especial do clássico “História de O”, onde a atriz consegue passar a imagem e o semblante de uma escrava no seu maior momento de orgulho: Ao recusar uma proposta de casamento e pedir a seu Dono que a chicoteie antes do pretendente ao matrimônio chegar para receber a resposta que seria tão somente a imagem que está nas fotos… *sem comentários*
P
Palavra de Segurança: Vide “safeword”.
Palmada: Ato de se bater com a palma das mãos.
Palmatória: Pedaço de madeira ou borracha, pesada, as vezes furada, similar á uma raquete de ping-pong, mas ligeiramente afilada, utilizada para spanking.
Pau de Arara: Forma e posição de se prender a escrava suspensa, de forma incômoda.
Pelourinho: Coluna de pedra ou madeira com argolas na parte superior para fixação de cordas ou algemas. Existem alguns modelos com argolas para fixação de tornozeleiras. Inicialmente usado para castigar escravos, dentro do BDSM é utilizado para imobilização de escravos(as).
Piercing: Embora o piercing não esteja envolvido diretamente em práticas dentro do BDSM, hoje é amplamente usado dentro de um conceito estético. Reportamos casos de submissos(as) que usam piercings como forma de exteriorizar simbolicamente a entrega ao seu dominador(a). Registramos duas modalidades diferentes de piercings dentro do BDSM: as práticas temporárias, e o piercing como símbolo. Nas práticas temporárias são utilizadas agulhas ou piercings de calibres pequenos, e são mais comumente inseridos nos pequenos lábios vaginais na mulher, no escroto no homem, ou nos mamilos em ambos os sexos. Os piercings no escroto que reportamos foram feitos subcutâneos, não penetrando profundamente. Nos mamilos, ao invés do piercing em forma de argola, reportamos para os casos temporários, o uso de agulhas que transfixavam os mamilos onde eram pendurados pequenos pesos. Ao término da sessão eram retirados. Piercings definitivos são usados dentro do BDSM nos mamilos e região genital. Podem ser dispostos em formas simétricas na vagina ou escroto e ligados por pequenas correntes, dentro de jogos de imobilização. Piercings precisam ser feitos sob condições específicas que certamente não são as de uma sessão BDSM: Os instrumentos usados devem ser estéreis. O diâmetro do cateter guia (usado para fazer o furo) depende da densidade do tecido a ser perfurado. A pele é presa com uma pinça e aplicam-se agentes bactericidas no local. O cateter é inserido e o furo é feito. Retira-se o cateter e coloca-se o piercing, que deve ser de material hipoalergêncio. (ouro, platina, nióbio ou aço inoxidável cirúrgico). Piercings requerem de seis a oito semanas para cicatrização. Se for aplicado na região genital, a abstinência sexual durante este período é obrigatória. Lembramos que piercings podem causar hemorragia, necrose de tecido e danos a nervos. Técnicas diferentes aplicam-se a áreas diferentes do corpo. A escolha do calibre apropriado do cateter e do piercing é crucial.
Pinça: Um tipo de “clamps”, no formato de uma pinça, geralmente ligados a correntes.
Play Party: Reuniões sociais onde ocorrem se desenrolam cenas BDSM.
Plug: Objeto em formato cônico ou cilindrico com um estreitamento na base, próprio para ser inserido no ânus ou mesmo na vagina. Alguns podem vibrar ou expelir líquidos. São usados para dilatação, treinamento/disciplinamento anal ou mesmo para humilhação da escrava, ao impor-se seu uso secreto em momentos cotidianos.
Podofilia: É a fantasia sexual/atração por pés. Não confundir, como muitos, com pEdofilia. A pedofilia é uma prática criminosa que consiste em relações sexuais com menores de idade. Assim, considerando-se que legalmente os mesmos não tem capacidade para a consensualidade, sua ligação com o BDSM estaria de imediato comprometida, por impossibilitar e ferir a tríade do SSC.
Pony Girl / Pony Boy: Submissa treinada para agir e se comportar como um pony, ou cavalo. Existem roupas e acessórios para ponygirls.
Posições Incômodas: É comum a escrava ser presa em posições incômodas como forma de disciplinamento ou tortura.
Privação de Sentidos: Um dos meios de provocação de DOR PSICOLÓGICA. Técnica de dominação que reduz as informações sensoriais, utilizando-se mordaças, capuzes, vendas, tampões, e/ou outros instrumentos.
Privação Sexual: Ato de impedir física ou mentalmente que o(a) submisso(a) tenha prazer. Pode ser aplicado tanto por voz de comando, caso haja um condicionamento para tal, como por meio de aparelhos para impedir as sensações físicas.
Proibição de Orgasmo: Ato de proibir, apenas pela ordem verbal a obtenção de orgasmo por parte do submisso(a). É comum o(a) dominador(a) ordenar ao submisso(a) que não goze, a não ser que ordenado pelo dominador(a). Requer uma grande dose de concentração e auto-controle.
R
Raquete: Utilizada para espancamento, como palmatória.
Regras: Normas de conduta preliminares e básicas impostas à escrava.
Régua: Utilizada para espancamento, pode ser uma eficiente palmatória.
Relho: Chicote Hard, de couro seco trançado que provoca hematomas internos.
Restrições: Uma variante da imobilização, onde se priva o(a) submisso(a) de alguns dos sentidos: a visão, a audição, a fala, etc. Na comunidade BDSM é comum o uso de vendas, mordaças ou gag-balls, tampões de ouvido, etc. visando gerar no(a) submisso(a) uma expectativa, uma tensão do que está por acontecer. Em formas mais pesadas de práticas BDSM se tem conhecimento do uso de sondas uretrais para controle das necessidades fisiológicas do submisso(a) e uso de cinto de castidade por tempo determinado, tanto em homens quanto em mulheres, impedindo o ato sexual tanto anal quanto vaginal. Outra atividade bastante popular é a “proibição” do gozo por parte do submisso(a), onde este deve aguardar a permissão de seu mestre ou dominador(a) para tal. Nota-se aqui o componente erótico que sempre está presente. O que se busca é prazer mútuo dentro do São, do Seguro e do Consensual.
Rimming: É o sexo oral no ânus. Ato de lamber ou beijar o ânus.
Ritual: Pequena/média encenação durante uma sessão, com movimentos, comportamentos e falas pré-estabelecidos.
Roda: Móvel de tortura muito usado na Idade Média e pela inquisição que consiste numa roda onde a vítima é presa em X. Nas torturas medievais a vítima tinha seus braços e pernas quebrados para impedir sua sustentação na roda que era girada na maior velocidade possível. Nas práticas BDSM a roda e utilizada para colocar com facilidade a escrava em diversas posições, inclusive de cabeça para baixo. A “roda” não precisa ser obrigatoriamente circular. Uma cruz de Santo André pode perfeitamente servir de roda, se girar.
Roda de Pinos: Vide Esporas.
S
Safeword: Palavra ou gesto pré-estabelecido entre as partes que, uma vez utilizado pela escrava, demonstra que a mesma atingiu seu limite de resistência com a cena.
Saliromania: Praticas e prazer associados ao suor.
Serva: Vide Escrava.
Sessão: Período de tempo (geralmente num local específico- Motel/masmorra) onde se desenvolve com maior intensidade e ininterruptamente o jogo BDSM. Sessão pode ser definida como um conjunto de cenas ou a “encenação” do BDSM (pelos adeptos da teoria de que BDSM seja teatro).
Sete por Vinte e Quatro (7/24): (De: 7 dias por semana, 24 horas por dia.) Filosofia dentro do BDSM onde, analisando de um modo simplista, as pessoas envolvidas se propõem a viver um relacionamento de Dominação/Submissão 24 horas por dia. Este tópico também é muito abrangente e merecerá estudo à parte.
Sexo: Constante, usual e prazeroso no BDSM, mas não obrigatório, podendo este se resumir a cenas e jogos de dominação e sadomasoquismo.
Sexo Anal: Embora largamente praticado fora do contexto BDSM, é utilizado como forma simbólica de posse e dominação ou de entrega e submissão. Alguns cuidados básicos devem ser tomados para o sexo anal: As doenças sexualmente transmissíveis, em especial a AIDS; a penetração vaginal logo após a penetração anal é outro descuido freqüente e serve de porta de entrada na vagina para bactérias que estão no ânus e reto, propiciando uma série de problemas para a mulher. A “perda das pregas” é um folclore. Ninguém perde pregas por praticar sexo anal. Exploram-se também as várias possibilidades do uso do ânus dentro do BDSM. Enemas, Fisting, butt-plugs para relaxamento dos esfíncteres, etc. Mas, basicamente, todos têm a mesma função: servir como veículo de prazer e simbolizar a entrega para outro(a) de algo que não é comum e, portanto, especial.
Sexo em Público (Agorofilia): Pratica que no BDSM se expande também para a dominação, tortura, humilhações e cenas em geral.
Sexo Oral: Prazerosa prática baunilha amplamente utilizada no BDSM, mais como imposição do ato à escrava que como concessão do Mestre a ela.
SM ou S&M: Prática BDSM centrada na dor. Sadomasoquismo.
Shibari: (Do Japonês: “Shibari” – amarrar) Termo genérico utilizado atualmente para designar o bondage japonês. Técnica de bondage extremamente estética, derivada do “Hojojutsu” (ver:- hojojutsu) e originária no Japão feudal, com profundas raízes na cultura Japonesa. Cada clã medieval japonês possuía sua própria técnica que era zelosamente guardada. Inicialmente era utilizada como forma de imobilização, castigo e punição aos prisioneiros. O Shibari ou hojojutsu era aplicado pela polícia local e pelos samurais com dois objetivos principais: imobilizar a vítima e coloca-la em uma postura de submissão e humilhação. O Shibari teve uma revalorização erótica á partir de 1960. No japão é formalmente conhecida como “Kinbaku-bi” e existem teatros especializados onde se pode, mediante pagamento de ingresso, assistir a um espetáculo de shibari. Os mestres de Shibari japonês são muito respeitados. A mulher japonesa que é submetida ao shibari recebe o nome de “Dorei” – (Ver:- Dorei)
Silver Tape: Fita prateada e larga com forte poder adesivo, utilizada como eficiente mordaça, ou mesmo para “wraps”.
Socratismo: Estimulação anal por Introdução do(s) dedo(s).
Sodomia: Ato de se penetrar o anus. Em sentido restrito, o sodomita é o praticante ativo.
Spanking: Nome utilizado dentro da comunidade BDSM para o ato de bater, notadamente na região das nádegas. Não se pode confundir o spanking dentro do BDSM e do S.S.C. com o ato da violência física. São situações diametralmente opostas. Nenhum dominador(a) ou submisso(a) corrobora ou aceita a idéia de que para entregar-se deve apanhar ou tomar uma surra. O spanking visa o prazer mútuo e é uma forma de se potencializar o desejo. Necessário fazer uma ressalva aqui, que em algumas culturas orientais, o ato de bater para estimular sensualmente é amplamente aceito e difundido, basta consultar o Kama Sutra No Brasil spanking engloba o ato de bater com as mãos, chicote, vara, chinelo ou palmatória. Nos Estados unidos e Europa, há uma distinção entre o Spanking, Whipping e “Canning”. “Whipping” é qualquer atividade que envolva chicotes e Canning, que envolva varas. (bambu, rattan, etc.). No BDSM pratica-se o spanking de várias formas. Com a mão, aplicando-se palmadas, onde não é a força que importa, mas sim o ritmo e a constância; e com chicotes dos mais variados tipos, chibatas, chinelos, etc. Mas não com varas. Canning não é spanking. A prática de se bater com uma vara é extremamente perigosa e pode provocar sérias lesões internas. Raramente utilizada dentro do BDSM como forma de castigo severo. É consenso que o rosto e pescoço são áreas proibidas para spanking em virtude da quantidade de tecidos e órgãos que podem ser facilmente lesados. (ex: olhos, nariz, boca, cabeça). A maior parte das pessoas “SM” que gostam de punições corporais incluem o spanking em suas atividades. Uma cena de spanking começa com um “jogo” real ou imaginário de punição por alguma falta ou ato cometido pelo submisso(a) No contexto BDSM spanking é associado para aumentar a sensação de vulnerabilidade física do parceiro. Muitos fatores, entretanto, são comuns na figura do dominador(a): autoridade, coerção erótica, humilhação e representação da figura paterna, que podem despertar mecanismos de prazer no submisso(a). Havelock Ellis e, posteriormente, Wilhelm Stekel abordaram aspectos psicológicos das atividades de spanking que indicamos para quem quiser se aprofundar neste tema sob outra óptica.
SSC: São, Seguro e Consensual. A importante tríade que separa o aceitável e o condenável no BDSM. Tudo que possa ser classificado como SSC é aceitável no BDSM, por mais que para alguns (ou nós mesmos) pareça um exagero ou absurdo. Da mesma forma, qualquer coisa que venha a ferir um dos elementos da tríade deve ser execrado e condenado, por mais que possa, a princípio, parecer um insignificante detalhe.
Spread Bar: Barras longas, usualmente de metal madeira com argolas e/ou furos em cada ponta, usadas em situações de imobilização para manter os braços ou pernas do submisso(a) afastadas.
Submissa: Vide Escrava.

Sucção: Sucção da pele ou de órgãos genitais, realizado com o auxílio de bomba de vácuo manual ou eletro-mecânica. Pequenos copos de vidro ou plástico, conectados por tubos plásticos e aplicados aos seios, genitais femininos ou masculinos.

Pela diferença de pressão, provoca-se o “inchaço” da região onde é aplicado. Se utilizado com muita pressão, deixa marcas circulares roxas. A medicina chinesa utiliza uma técnica similar.
Stop Code: Vide Safeword.
Subspace: Um estado físico e mental ocasionado pela liberação de endorfinas. As endorfinas podem ser liberadas devido ao “stress” ou á uma prática intensa e m uma sessão BDSM. Não é um acontecimento comum.
Sumissão: Segundo o dicionário Aurélio: obediência, sujeição, subordinação, docilidade, servilidade, humildade e subserviência.
Suspensão: Técnica de imobilização onde o peso do(a) submisso(a) é totalmente ou parcialmente suspenso por algemas e tornozeleiras especiais. Não se faz suspensão só com cordas ou algemas ou tornozeleiras comuns. Esta prática requer cuidados especiais com o equipamento, fixação, tempo de permanência em suspensão e posição.
Switcher: Do inglês “switch” (trocar) – Aquele que se agrada do BDSM tanto como dominador/sádico, quanto como escravo/masoquista, praticando-o em ambas as posições, seja com um mesmo parceiro, seja com parceiros diferentes.
Strap-On: Vide “Inversão de papéis (2)”
Swing: Pratica entre casais que consiste em se permutar os parceiros.
T
Tickling: Pratica aparentemente inocente, mas utilizada milenarmente pelos chineses como tortura menor. O tickling é o ato de se aplicar cócegas e beliscões em alguém. Psicologicamente perturbador, depois de um tempo transforma-se em uma poderosa forma de estímulo sensual. Existe um componente psicológico muito forte nas cócegas, talvez por remeter às “couraças musculares” tão bem tratadas por Reich . Normalmente o tickling é feito com o submisso(a) imobilizado para evitar fugas ou movimentos involuntários bruscos. O dominador(a) pode usar as mãos, penas, pequenos “rastelos”, ou qualquer coisa que provoque cócegas. Se aplicado por muito tempo pode ocasionar incontinência urinária, o popular “urinar nas calças de tanto rir”. Excluindo-se o nervosismo inicial, uma sessão de tickling libera uma quantidade considerável de endorfinas no cérebro. É comum o submisso sentir uma mistura de sensações de bem estar e esgotamento físico depois de uma sessão de tickling. O dominador(a) deve observar que uma sessão prolongada de cócegas pode ser extremamente perigosa.
Títulos Honoríficos: É comum o Top se auto-intitular honorificamente, em especial nos nicks utilizados pelo mesmo. Assim, utilizam termos como Lord, Herr, King, Imperador, etc. Porém, tais títulos não tem uma definição específica ligada a uma pratica ou comportamento (como Mestre, Dominador, Sádico, Dono e Mentor), sendo apenas uma auto-intitulação.
Toalha Molhada: Utilizada para espancamento, sendo bastante dolorosa, mas segura por não deixar marcas.
Top: Homem ou mulher que está na posição de dominação. (Do inglês: “top” em cima, acima)
Tornozeleiras: Algemas utilizadas nas pernas, mais especificamente nos tornozelos.
Tortura Genital: O princípio básico da tortura genital é provocar sensações profundas e intensas diretamente nas zonas erógenas do corpo. A intensidade e as atividades variam de pessoa para pessoa e de prática para prática. Reportamos um grande cuidado dos praticantes para que não se ultrapasse o ponto onde a dor deixa de estar associada ao prazer. A área genital e os mamilos estão sujeitos a danos irreversíveis mesmo sob “castigos” moderados e os praticantes são muito cautelosos neste tipo de atividade. Pode-se usar gelo, velas (parafina), “imobilização”, prendedores, pesos e uma infinidade de equipamentos para se praticar tortura genital. Esta prática está na maioria das vezes inserida em um contexto mais amplo. É muito raro uma sessão só de tortura genital, entretanto muitos homens e mulheres são particularmente sensíveis a castigos genitais, estimulando o(a) Dominador(a) a gastar mais tempo nesta modalidade. A tortura genital no homem submisso é conhecida como CBT (Cock and Ball Torture) e compreende toda e qualquer prática visando a impossibilidade de ereção, dor e/ou castigo físico no pênis, bolsa escrotal e púbis.
Trampling: É o ato de ser pisado(a) pelo dominador(a) estando este(a) descalço(a) ou com sapatos. Mais comumente observado no fetiche por pés. O risco do trampling é a pressão exercida por saltos altos muito finos, concentrando o peso do corpo do dominador(a) em uma área muito pequena. Novamente, cabeça, pescoço, plexo solar, e região genital são proibidos segundo relatos dos praticantes do BDSM. Admite-se o trampling na região genital, desde que feito sem sapatos, e dentro da tríade do S.S.C., o conceito de segurança é duplamente observado. Um trampling na região genital masculina pode causar sérias lesões e, até mesmo, a perda das gônadas. Trampling no pescoço invariavelmente conduz a morte.
Trave:Vide Cavalete.
Tronco: Vide Pelourinho.
Travestimento: Vide Crossdressing.
TT (Tit Torture): Do inglês, tortura nos seios.
U
Urofagia: Ingestão de Urina.
V
Vampirismo: Cenas que envolvam sangue, com ou sem sua ingestão. Encenações de vampiros.
Velas – Cera: Prática dentro do BDSM onde a parafina de uma vela é gotejada no corpo do submisso(a). Deve-se evitar derramar parafina muito de perto, bem como não se utilizar velas coloridas, porque o corante da parafina aumenta o ponto de liquefação da mesma. Velas coloridas, aromatizadas e similares, podem ocasionar queimaduras sérias.
Vela de Sete Dias: Vela mais grossa cuja cera se acumula fartamente. A quantidade de cera que pinga sobre o corpo da escrava é maior, porém, com temperatura mais baixa.
Vendas: Usadas para restringir a visão da escrava.
Vergar: Ato e subjugar e dominar a escrava e assim conseguir sua entrega e/ou obediência.
Vergas: Vide Butt-Plug.
Vibrador / Vibro: Utensílio de prazer, utilizado para estimulação sexual da escrava.
Vistas Baixas: Usualmente imposta à escrava no BDSM como forma de demonstrar submissão.
W
Water Sports: Na sexualidade humana, os mais profundos tabus são contra-balanceados pelo desejo de transgredir a fronteira tênue entre o permitido e o proibido. Neste tópico, abordaremos as atividades mais comuns associadas a Water Sports: enemas e golden shower (urina). Talvez, o desconforto que este assunto provoca explique a escassez de trabalhos e estudos sérios a respeito de Water sports como manifestação erótica. Mas o que é afinal Water Sports? É interesse erótico na eliminação, tanto natural como induzida (enemas) de fezes e urina. Clinicamente, os atos e práticas a ela associados são classificados como parafilias. Assim, Clismafilia é a erotização com enemas, Urofilia é o estímulo erótico por ver, entrar em contato, receber no corpo urina, ou urinar em alguém. Coprofilia é similar a Urofilia, mas envolve fezes, Cateterofilia é o estímulo erótico em usar ou aplicar em alguém um cateter, para controlar ou expelir urina. De todas estas práticas, os golden showers (ato de urinar ou receber urina no corpo do parceiro(a) e os enemas ( introdução de água no ânus, através de um irrigador) são as mais comuns). Toda e qualquer atividade de Water Sports tem um grau de risco. Um enema feito de uma maneira inadequada, por exemplo, pode ter conseqüências fatais. Urina, mesmo sendo um ambiente hostil para vírus e bactérias não está acima de infecções. Um cuidado muito grande durante as atividades foi observado em todas as descrições e relatos dos praticantes de Water Sports. Dentro do BDSM enemas e golden showers são formas utilizadas para simbolizar submissão e posse e também são utilizados como instrumentos em dominação mental, pois associam a sensação de uma profunda “entrega” (o cólon e reto dilatados por uma certa quantidade de água) à atividade de evacuar que o ser humano faz em absoluto isolamento. É uma experiência psicológica profunda receber um enema de um dominador(a), ter de reter este enema por uns 15 minutos, e depois ir ao banheiro sem poder fechar a porta para expelir o enema.
X
X: Posição muito prática e eficiente de se prender a escrava, por deixar seu corpo totalmente indefeso e acessível.
W
Wash: Cena que consiste em se lavar e/ou higienizar a escrava.
Wax: Vide Vela.
Wraps: Prática semelhante à “mumificação”, porém, sem a cobertura total do corpo da escrava.
Z
Zelofilia: Prazer derivado do ciúme. Jogos e cenas que envolvam ou provoquem ciúme.
Zoofilia: Prática sexual envolvendo animais.

Prática de BDSM

Partial suspension folsom.jpg
BDSM é um acrônimo para Bandage e DisciplinaDominação e SubmissãoSadismo e Masoquismo.
O BDSM tem o intuito de trazer prazer sexual através da troca erótica de poder, que pode ou não envolver dorsubmissãotortura psicológica,cócegas e outros meios. Por padrão, a prática é aplicada por um parceiro(a) em outro(a).
Muitas das práticas BDSM são consideradas, num contexto de neutralidade ou não sexual, não agradáveis, indesejadas, ou desvantajosas. Por exemplo, a dor, a prisão, a submissão e até mesmo as cócegas são, geralmente, infligidas nas pessoas contra sua vontade, provocando essas sensações desagradáveis. Contudo, no contexto BSDM, estas práticas são levadas a cabo com o consentimento mútuo entre os participantes, levando-os a desfrutarem em conjunto.
O conceito fundamental sobre o qual o BDSM se apóia é que as práticas devem ser SSC (Sãs, Seguras e Consensuais). Atividades de BDSM não envolvem necessariamente a penetração mas, de forma geral, o BDSM é uma atividade erótica e as sessões geralmente são permeadas de sexo. O limite pessoal de cada um não deve ser ultrapassado, assim, para o fim de parar a sessão/prática, é utilizada a Safeword, ou palavra de segurança, que é pré-estabelecida entre as partes.

A sigla BDSM

Na década de 90 pensou-se na sigla acima, como a junção dos termos: Bondage (amarração, imobilização) & Disciplina, Dominação & Submissão, Sadismo & Masoquismo. Seria uma expressão mais abrangente e que permitiria incluir os diversos grupos de praticantes dos fetiches incluídos na sigla.

Fetiches X BDSM, Diferenças e Similaridades

Fetiche é simplesmente tudo aquilo que não é parte de um ato específico, mas que é praticado simultaneamente com ele para uma experiência aprimorada e mais ao gosto do praticante. BDSM por si só é um grupo de fetiches, independente de ser considerado um estilo de vida ou somente um elemento adicional a um ato sexual ou erótico. Alguns praticantes de BDSM podem aderir também a fetiches que não fazem parte deste grupo, como por exemplo o voyerismo, a Podolatria, entre outros. Ou praticar somente o que lhes agrada de dentro da sigla BDSM. No entanto um praticante que adote exclusivamente um ou mais fetiches não descritos na sigla não é considerado pelos demais praticantes, um adepto das práticas/estilo de vida BDSM.

Bondage e Disciplina

Dentro dessa categoria temos o(a) bandagista ativo(a), que é aquele que imobiliza o outro parceiro(a) (com vários estilos de amarrações, simples ou complexas, de origem oriental (shibari, etc.) ou ocidental (termo bandage), com cordas finas ou grossas, cadarços e outros materiais; imobilizações com fitas isolantes, papel filme, silver tape, outras fitas colantes; com algemas, prendedores, na Cruz de Santo André, na roda, em mecanismo medievais de madeira próprios,etc.).
Técnicas de restrição de sentidos (venda nos olhos, uso de capuz fechado e similares) também são consideradas bandage.
Temos também o fetiche da disciplina, aonde um disciplina e outro é disciplinado. Disciplina é aqui entendido como obrigar ou treinar alguém a fazer alguma atividade ou a adotar certas condutas ou regras.
Sendo este um fetiche no qual ocorre muitas das vezes uma teimosia proposital por parte do parceiro(a) que está sendo disciplinado(a), pois lhe agrada a sensação de ser repreendido, dificilmente ele é praticado em conjunto com o fetiche da Dominação/Submissão.
Esses dois conceitos de Bandage e Disciplina muitas das vezes se confundem, mas se trata de fetiches fundamentalmente distintos.
E embora o conceito de bandage pareça estar incluído na dominação e submissão ou sadomasoquismo, há relatos de quem já viu praticantes exclusivos de bandage, sem conotação de dominação ou de sadismo, apenas pela arte da imobilização; então, por isso, percebe-se, embora geralmente inserido num contexto D/s, ser dotado de possível autonomia, sendo correta a sua menção em separado.
Já a disciplina tipicamente é um fetiche à parte, muitas das vezes entrelaçado com certas parafilias e outros fetiches (como poney play, dogplay, furry, etc...).

Dominação e Submissão[editar | editar código-fonte]

É um fetiche caracterizado pelo elemento controle. O dominante comanda e controla as ações do submisso, que se submete pelo prazer de servir de forma consensual.
Esta serventia pode ter inúmeros formatos assemelhando-se à relacionamentos não-consensuais, entre eles o de um relacionamento entre mestre(a) e escravo(a), mestre(a) e servo(a), dono(a) e posse e até mesmo o de uma divindade e seu fiel adorador.
Existem várias práticas que podem ser entrelaçadas à dominação e submissão.
Por exemplo, o controle da conduta do(a) submisso(a) através de relatórios diários, o dogplay, em que o(a) submisso(a) se comporta como um cão, o foodplay “brincadeiras com comida”, em que se pode, por exemplo, usar o(a) submisso(a) como um prato, colocando-se comida em cima dele(a), a dominação psicológica, em que o dominante molda ou tenta moldar a psicologia do(a) submisso(a), seus gestos, atitudes e até pensamentos conforme seus gostos e preferências.
Embora essas práticas estejam aparentemente ligadas à dominação e submissão, isso não é verdade absoluta, pois o que determinará se uma prática é de dominação e submissão é a intenção dos praticantes com aquilo. Se há intenção de dominação e controle, então estamos diante de uma prática num contexto D/s. Caso a prática não siga essa intenção, a mesma atividade pode não ser considerada uma prática D/s.

Gor, Goreanos[editar | editar código-fonte]

Gor é uma variante do BDSM bem específica, que se baseia numa série de livros (romances filosóficos) do autor estadunidense John Norman, as quais narram um mundo imaginário onde todas mulheres são naturalmente escravas dos homens, os servindo não apenas num contexto sexual, mas também em toda sociedade. Nesse mundo, isso é tido como normal, é a natureza das coisas, e por isso elas não se rebelam. Nesse mundo existem vários tipos de escravas, que são chamadas de kajiras. A partir da influência e das idéias desse romance se formaram vários tipos de praticantes de GOR.
Existem os que fazem um RPG virtual de GOR, em comunidades virtuais, onde tudo não passa da internet, criando-se verdadeiras comunidades fictícias; enquanto outros fazem dessas teorias e ideais um estilo de vida e o praticam no mundo real ativamente.
Está claro no GOR o conceito de dominação e submissão através do controle e da servidão, podendo ser considerado uma variante exótica do D/s e, com efeito, do BDSM. No Gor praticado no mundo real, no entanto, nem todas as mulheres são escravas, existem mulheres livres que podem possuir escravos, denominados Kajirus.

Dominação psicológica[editar | editar código-fonte]

A dominação psicológica inclui qualquer possível ato do(a) dominador(a) para moldar ou tenta moldar o psicológico do(a) submisso(a), seus gestos, atitudes e até pensamentos conforme seus gostos e preferências. Embora ninguém discorde ser é possível dominar fisicamente uma pessoa, a dominação da mente envolve muitas controvérsias.
Uma dominação que se restringisse a práticas físicas tende a ser superficial, no entanto acreditar que alguém se deixará dominar totalmente de modo psicológico por outra pessoa é, no mínimo, ingênuo. Só a própria pessoa pode acessar sua mente, e ainda assim não temos controle total sobre ela. Então, que o dominador consiga moldar gestos e atitudes e até algumas idéias é possível, mas que ele controle os pensamentos, dos quais nem o(a) próprio(a) escravo(a) tem controle é uma utopia.

Sadismo e Masoquismo[editar | editar código-fonte]

Sadismo é o prazer que se sente em ver o outro sofrer ou gosto em fazer o outro sofrer; é o prazer em ver o outro sentir dor física ou psicológica.
Masoquismo é o prazer em sentir dor ou o gosto em senti-la, é prazer pela dor ou a dor pela dor, seja física ou psíquica.
Essas condutas podem ser sexuais ou não, embora geralmente o sejam.
Exemplo de práticas sádicas clássicas: spanking (bater na pessoa com a mão, chicotes, palmatórias, galhos, colheres, metais, etc.), uso de agulhas (prática hard, consiste em penetrar agulhas na pele da masoquista, para fazê-la sofrer), privação de comida ou água por um tempo, para que a masoquista passe fome e sede, cutting (cortes ou marcas na pele com lâminas frias), branding (cortes ou marcas na pele com lâminas quentes, em brasa), suturas (“costura” de partes da pele, como boca, órgãos genitais e outros, impedindo certos movimentos ou fechando certas aberturas), amarrações em posições que ocasionem dor, etc. ou qualquer outra prática que vise o sofrimento físico ou mental, pois, como dito acima, embora existam práticas que geralmente são associadas a um grupo do BDSM, o que importa realmente é a intenção dos agentes. Um exemplo: o spanking, prática geralmente relacionada ao SM, pode ser de D/s, quando o dominador castigar a submissa para que ela o obedeça. O ponyplay, prática de disciplina e dominação, pode ser também sádica, caso a submissa odeie pôneis ou se sinta humilhada com a prática.
A complementação ou a interação entre essas duas vertentes opostas é o sadomasoquismo.
Caso uma pessoa tenha só uma tendência, daí será só sádica ou só masoquista, mas existem pessoas que são sádicas por vezes, mas também são masoquistas em outras; tais pessoas são denominadas sadomasoquistas (o assunto será melhor abordado adiante).

São, Seguro e Consensual[editar | editar código-fonte]

Todos os atos e práticas no BDSM devem seguir o SSC, serem sãs, seguras e consensuais.
Sãs são as práticas que respeitam a razoabilidade mínima e a normalidade lato sensu, estando os praticantes em perfeito estado mental de consciência, objetividade e lucidez. Assim, não se deve praticar com o estado de consciência alterado por substâncias entorpecentes ou alucinógenas ou que de alguma forma alterem a consciência, muito menos fazer-se coisas insanas como mutilações ou até a morte.
Prática segura é aquela feita de modo a eliminar os riscos de algo sair do esperado, resultando, por exemplo, em lesões corporais, traumas psicológicos ou até mesmo a morte. Assim precauções devem ser tomadas para que tudo saia bem, como esterelizar equipamentos ou instrumentos cortantes ou perfurantes ou que de alguma forma lesionem a pele ou entrem em contato com sangue; cuidar para que a submissa esteja preparada psicologicamente para práticas de humilhação hard; cuidar ao amarrar para que não se prejudique a circulação ou se ocasione problemas circulatórios; cuidar com o manejo de facas e outros instrumentos cortantes; cuidar para não bater em pontos vitais, dentre muitos outros cuidados a depender da prática adotada.
Consensual é o item mais objetivo da tríade, significa que todas as práticas devem ser aceitas tácita ou expressamente. Para tanto existem as negociações prévias entre os participantes e a palavra de segurança(safeword, que faz parar ou diminuir o ritmo das práticas).
Negociações prévias são acordos e discussões feitas anteriormente pelos participantes, visando que cada um realmente confira se deseja fazer sessão (espaço temporal onde acontecem as práticas, geralmente são divididas em cenas (conjunto de práticas ou até apenas uma prática em si, mas que tem um fim específico)) com o outro ou outros e quais práticas tem como limites e se esses limites são absolutos ou relativos. Pode ser um acordo oral e informal ou escrito e formal. Alguns praticantes chegam aos limites do detalhismo, criando check lists, listas com inúmeras práticas, onde os participantes fazem marcações (xis) nas que gostam, nas que não gostam muito, nas que tem limitações e etc.
Limites são práticas que um praticante de BDSM não deseja fazer. Podem ser absolutos (os quais o participante imagina nunca querer fazer) ou relativos (os quais o participante gostaria de ou aceita quebrar e fazer no futuro, mas que no momento presente não são aceitáveis para ele). Exemplo: às vezes o praticante pode ter uma limitação com a prática de chuva dourada (urolofilia – práticas com urina), mas que deseja superar; e ter também uma limitação absoluta com a prática de chuva marrom (coprofilia – práticas com fezes), a qual nunca deseja superar, tendo extrema repulsa em relação a isso.
Safewords são as palavras de segurança, fixadas arbitrariamente pelos praticantes, uma para parar a sessão e outra para apenas moderar a sessão, uma safeword forte e uma safeword fraca. Geralmente são escolhidas palavras estranhas ou incomuns, para que a escrava possa manter a fantasia de estar fazendo as práticas contra a sua vontade ou para não usar a palavra “não” ou para não pedir literalmente ao seu Senhor que pare a sessão, mantendo-se também uma liturgia (conjunto de rituais e aspectos formais da relação; a questão será aprofundada posteriormente). A safeword pode ser também gestual ou simbólica para os casos em que a escrava não possa se comunicar oralmente (p. ex. no caso de estar amordaçada). Pode ser também que se prefira convencionar somente uma safeword, que pare a sessão, ao invés de duas.

RACK (Risk-Aware Consensual Kink)[editar | editar código-fonte]

“Tara consensual consciente do risco”, essa é a tradução literal dessa expressão criada por um BDSMer (aquele que pratica BDSM) estadunidense para se contrapor a noção simplória do SSC.
Enquanto o SSC diz seguro, o RACK diz consciente do risco. O que esse conceito novo quer mostrar é que nada é 100% seguro na vida, mesmo se estivermos dentro de casa dormindo, algo de ruim nos pode acontecer, para se morrer basta estar vivo. Até as práticas mais simples apresentam riscos de danos físicos ou psíquicos. Aí entra a noção de minimização dos riscos, ou seja, tentar baixar o risco inerente às práticas ao mínimo possível, através dos cuidados e precauções pertinentes e estudando previamente e aprofundadamente o que se fará. O risco sempre estará presente nas práticas, mas podemos minimizá-los bastante. Claro que existem práticas que apresentam por natureza quase nenhum risco, mas existem muitas outras que têm risco médio ou elevado. Há uma escala de riscos, das práticas mais perigosas as menos perigosas.
Enfatiza-se no conceito de RACK que as partes têm de estar cientes de que existe um risco inerente mínimo e que não se pode eliminá-lo por completo. Isso também distribui um pouco da responsabilidade, que passa a não ser exclusiva do TOP (aquele que comanda a sessão; o conceito será aprofundado mais adiante), mas que também, em menor grau, transmite-se à bottom (a que é comandada; o conceito será aprofundado mais adiante). Obviamente que o TOP é que conduzirá a sessão e as cenas, mas a bottom está ciente de que as práticas com que consentiu apresentam riscos, os quais podem ser elevados, médios ou baixos, a depender do caso concreto e dos cuidados que forem adotados.
A noção de consensualidade permanece, pois as práticas serão feitas de modo consensual, conforme a expressão Consensual Kink.
O conceito de sanidade parece estar incluído no de minimização de riscos, pois ao praticar-se o BDSM com o estado de consciência alterado por substâncias entorpecentes ou alucinógenas ou que de alguma forma alterem a consciência ou ao fazerem-se coisas insanas e desmedidas o risco a saúde física e mental é gigante (não se precisa nem falar de mutilações e mortes, que por óbvio atacam a integridade física e a vida). A sanidade também como negação à relação com incapazes se mantém, pois uma pessoa insana não pode dar um consentimento válido.

PCRM (Prática Consensual com Risco Mínimo)[editar | editar código-fonte]

A expressão RACK é mais exata do que a expressão SSC, entretanto mesmo assim não é perfeitamente exata, por isso foi proposto um novo conceito, segundo o qual as práticas do BDSM devem ser Consensuais, almejando-se sempre o risco mínimo ou a minimização máxima dos riscos; logo, a expressão correta deve ser Prática Consensual com Risco Mínimo.
Essa nova expressão, a PCRM, além de ser mais exata, também elimina um termo que, pelo menos no Brasil, é pejorativo, o de “tara”; pois que não se consideram tarados, muito menos anormais, e sim apenas pessoas que admitiram a sua natureza e a exercem de modo sadio e dentro da lei, diferente da hipocrisia dominante que tenta negar seus instintos ou dos desejos “feijão-com-arroz” das pessoas que se relacionam de forma convencional, chamadas no meio BDSM de "baunilhas".

TOP, bottom e Switcher[editar | editar código-fonte]

As seguintes classificações independem da orientação sexual, então, independentemente do gênero das palavras, entenda-se que se aplicam a a pessoas de qualquer gênero e de qualquer orientação sexual.
Top é aquele que detém o poder da prática em questão, o ativo, aquele que faz, que promove as práticas. Um Top pode ser sádico, dominador ou bondagista ativo ou, geralmente, apresentar todas essas características conjuntamente.
Bottom é aquele que está sob o poder do Top, o passivo, que sofre as práticas. Um bottom pode ser masoquista ou submisso ou bondagista passivo ou, geralmente, apresentar todas essas características conjuntamente.
Switcher (SW) é aquele que por vezes é ativo e por vezes passivo. Um Switcher é por vezes Top e por vezes bottom; seja com o mesmo parceiro ou não. Pode ter uma tendência maior para um papel específico ou gostar igualmente de ambos.
Um exemplo curioso e ilustrativo seria o de um switcher sádico submisso que se relacionasse com uma switcher masoquista dominadora. Ele causaria dor nela ao comando e controle dela; ela daria, por exemplo, ordens para que ele batesse nela do jeito e intensidade que ela escolhesse. Várias outras combinações são possíveis.

Todos são SW’s?[editar | editar código-fonte]

Embora haja preconceito sobre o tema, na prática se verifica empiricamente que não existe ninguém que seja 100% alguma posição no BDSM, todos por vezes tem algumas preferências ou por vezes sentem algum tipo de desejo contrário a sua posição. Por exemplo, um TOP pode um dia sentir vontade de sentir dor, então embora ele geralmente seja TOP, por vezes pode ser bottom. Inúmeros são os casos de submissos que viraram dominadores e vice-versa em diferentes relações. Então se percebe que todos são Sw’s, geralmente com maior tendência a alguma posição específica, embora a maioria tente esconder seu passado ou seu outro lado menos evidente.

Sexo anal passivo em TOP?[editar | editar código-fonte]

Um tema polêmico dentro do meio BDSM tem sido o preconceito acerca do dominador querer que pratiquem sexo anal em si, que o penetrem. Com isso, ou ele seria um homossexual "enrustido no armário", ou um submisso disfarçado. No entanto, não há nada que impeça que um dominador ordene que o penetrem, pois a(o) submissa(o) que o fizesse continuaria obedecendo às ordens de seu parceiro dominador e exercendo o papel de instrumento de prazer dele, significando assim que ele ainda estaria no comando.

Espécies e variantes de TOP[editar | editar código-fonte]

Mestre[editar | editar código-fonte]

Mestre é o TOP que não se limita sessões esporádicas, não é um “Dominador ou Sádico de sessão”, mas segue um estilo de vida BDSM. Um Mestre conduz o(a) escrava pelos caminhos do BDSM, mostrando-lhe novas sensações e teorias, quebrando seus limites aos poucos, tem um comprometimento com ele(a) e com seu desenvolvimento. Um mestre pode ser sádico, dominador e/ou bondagista, ou todas alternativas, dependendo de suas preferências.
Para que o(a) escravo(a) tenha um mestre, não poderá ser “avulso(a)” ou apenas “de sessão”, mas sim ter um comprometimento com aquele mestre. Um mestre pode ter várias escravas(os), popularmente chamadas(os) de “irmãos(ãs) de coleira”(ou seja, que serviriam ao mesmo mestre), mas um(a) escravo(a) não pode ter vários mestres, senão apenas um. Entretanto, é possível que, não tendo mestre, o(a) escravo(a) tenha vários dominadores, com os quais pode fazer sessões de vez em quando.

Dono[editar | editar código-fonte]

Dono é o proprietário do(a) escravo(a). Um(a) escravo(a) que não tem dono é “avulso(a)” ou “livre” ou “libertino(a)”, significa que em cada sessão pode ficar com um Top diferente. O dono pode emprestar livremente o(a) seu (sua) escravo(a) para o uso de outros TOP’s, caso isso seja da preferência dele e não seja um limite dele(a).

Mentor[editar | editar código-fonte]

Um mentor é semelhante a um mestre, com a exceção de que ele não conduzirá a pessoa mentorada pelos caminhos do BDSM, apenas os indicará ou facilitará para que ela os ache. Isso significa dizer que o mentor não faz sessão com a pessoa mentorada, apenas a instrui teoricamente e também experimentalmente sobre como proceder, podendo até arranjar um par para ela. O que se deve exigir do mentor é que ele tenha bastante conhecimento do BDSM. Todo mestre é também mentor de sua escrava(o). Curiosamente, nada impede que um submisso seja mentor de uma dominadora - o que conta é que ele seja um bom professor, tendo em mente que não praticará o BDSM com a dominadora em questão, apenas lhe ensinará sobre tal.

Pronomes de tratamento[editar | editar código-fonte]

São comuns pronomes de tratamento que evidenciam a condição de TOP ou de bottom de uma pessoa, embora não entrem na classificação do tópico anterior e por isso não dê para se saber da preferência do praticante dentro do BDSM (se é, p. ex., bondagista, sádico ou dominador) só olhando o pronome usado para se referir ao TOP ou bottom; são apenas modos respeitosos de se referir ao TOP e modos de mostrar a condição do bottom.
Assim é comum se chamar o TOP de Senhor, Lord e outros pronomes e as mulheres que são TOP’s de Rainha, Senhora, Lady e outros pronomes. Os bottoms homens são chamados de verme, servo, cão, escravo e etc. As mulheres de escrava, serva, cadela, etc. O praticante de BDSM pode ser chamado também de BDSMer.
Domme é sinônimo (de origem francesa) de dominatrix ou dominadora, não sendo um pronome de tratamento, senão uma classificação. O mesmo vale para dom (abrev. de dominador), sub (abrev. de submissa(o)) e masoca ou maso (abrev. de masoquista). O termo deusa é usado para se referir geralmente à mulher da qual os podólatras (fetichista por pés) idolatram os pés.

24/7, Consensual não-consensual, TPE[editar | editar código-fonte]

Uma relação-BDSM pode apresentar vários graus de profundidade. Pode ser apenas virtual no início e depois ir evoluindo e cada vez ficando mais intensa. Quando uma relação sai do virtual e passa para o real, geralmente acontecem sessões esporádicas entre o casal e com o tempo, caso eles desejem isso, a relação pode chegar a ser em tempo integral, 24 horas por dia, 7 dias por semana, daí a expressão 24/7, embora talvez melhor expressão fosse 24X7. Nessas relações, o vínculo-BDSM é integral; a despeito de não ocorrerem sessões e práticas o tempo todo, o domínio persiste, sendo que certos ritos e atitudes podem ser convencionadas para momentos mais descontraídos, quando não se está em sessão. Não se está dizendo que a(o) escrava(o) ficará recebendo chibatadas ou sendo amarrada(o0 o tempo todo, mas sim que o tempo todo tal pessoa estará à disposição do TOP, que poderá requisitá-la para alguma prática que o satisfaça a qualquer hora. Parece requisito essencial do 24/7 que o casal more junto ou ao menos muito próximo, de modo que o dono(a) possa dar ordens à escrava(o) quando quiser. No 24/7 ainda existem as safewords: a escrava pode se negar a fazer práticas específicas se isso ferir seus limites.
O próximo estágio em termos de entrega é uma relação “consensual não-consensual”, na qual a escrava(o) pode até expor seus limites (ou deixar que o TOP vá descobrindo), mas em que ela não poderá usar uma safeword para recusar determinadas ordens. O único direito que a escrava(o) tem é de sair da relação, todavia, enquanto estiver nessa relação, terá de obedecer qualquer ordem de seu dono. Nesse nível de intensidade, a escrava(o) tem de escolher bem o dono a quem se submeterá, porque estará inteiramente a seu dispor, facultado a ela o direito de desistir da relação como um todo, conforme dito acima. Tal tipo de relação supracitada se costuma chamar TPE – Total Power Exchange (Troca Total de Poder): todo poder é conferido ao TOP, que deve saber usá-lo de modo a adequar suas ações ao São, Seguro e Consensual.
Entretanto, existem variações desse tipo de relação, em que os participantes resolvem convencionar que nenhum deles ou que somente a escrava(o) não poderá dizer que quer sair e desistir da relação como um todo. Esse tipo de relação, que nega o direito de desistência somente da escrava(o) ou também do dono, é eticamente condenada e na maioria das vezes ilegal, pois todo ser humano tem o direito de escolher com quem conviver e se relacionar, sendo um direito inerente a nossa condição de seres humanos. Logo, ao menos o direito da escrava(o) e/ou do dono de acabar com a relação deve ser preservado e mantido intocado.

Liturgias e ritos[editar | editar código-fonte]

Liturgias ou ritos são formalidades, procedimentos ritualísticos que são aplicados, efetuados, durante uma sessão ou playparty (reunião de amigos ou pessoas de confiança onde se realizam práticas de BDSM; esse conceito será melhor desenvolvido adiante). Existem os que separam a noção de liturgia do conceito de ritos.
Liturgia seriam os procedimentos formais exercidos numa playparty, na relação dos casais entre si e na relação com outros casais e particulares. Seriam mais normas sociais, coletivas, de convivência durante a play (abreviação de playparty). Exemplos: seria um regra litúrgica exigir que as subs da play chamem todos os TOP de Senhor ou Senhora ou que todas elas usassem a mesma cor de sutiã e calcinha.
Ritos seriam os procedimentos formais instituídos pelo TOP para sessões entre o casal ou para reger a convivência deles. Seriam regras íntimas, para o casal — e não para o grupo social. Exemplos: seria um rito que a submissa tivesse que se ajoelhar sempre no início da sessão e beijar os pés do dono, esperando as suas ordens; que ela sempre tivesse que se referir a ele através de uma expressão específica (Senhor, Lord, “dono de mim”, etc.); que sempre fosse amarrada na mesma posição no final da sessão; que nunca pudesse olhar diretamente nos olhos do TOP, sempre os mantendo baixos; que tivesse de ficar em silêncio durante a sessão, aguardando as ordens do dono, na última posição que ele a deixou; que sempre falasse baixo com ele; que sempre fosse vendada durante a sessão; que sempre fizesse determinadas coisas após determinados comandos, dentre vários outros ritos que vão das experiências, preferências e criatividade de cada TOP.

Coleira[editar | editar código-fonte]

Uma coleira representa um compromisso, uma relação de propriedade entre TOP e bottom. Assemelha-se ao conceito de aliança, com a diferença que somente a escrava(o) usa a coleira, para mostrar a todos a quem pertence. Uma coleira pode ser física ou virtual, e podem existir coleiras sociais ou de sessão.
Como se convencionou escrever nicks (apelidos virtuais) de TOP em caixa alta (maiúscula) e de bottoms em caixa baixa (minúscula), as coleiras virtuais são geralmente assim escritas: “(nome da escrava)_NOME DO TOP, por exemplo: “(subana)_DOMADOR CRUEL.”
A coleira de sessão pode ser mais refinada, especialmente produzida para uso de dominação, ou ser uma comum usada em cachorros. No entanto, tendo em vista o preconceito social, não seria prudente alguém sair usando uma coleira de cachorro com o nome do dono, então se criaram coleiras sociais, que são mais discretas; podem ser apenas colares com pingentes ou símbolos que remetam a lembrança constante do dono e de que a escrava que a porta a ele pertence. Não obstante se possa usar uma coleira em qualquer sessão, mesmo que seja uma sessão esporádica e sem intenção de manter-se uma relação duradoura — apenas como um fetiche ou para mostrar quem manda — é comum que os TOP que também sejam donos, façam cenas ou cerimônias de encoleiramento. Essas cerimônias envolvem alguns procedimentos especiais, sendo que no final a escrava(o) é encoleirada(o); nesse aspecto assemelhando-se à troca de alianças de um casamento típico. Por exemplo, pode-se começar com a escrava de joelhos e o TOP em sua frente. Ela beija os pés dele e lê solenemente em voz alta um contrato de relação (onde está escrito que ela se entrega a ele numa relação BDSM em 24/7, por exemplo), diz que o aceita e depois lê um poema, então o dono a encoleira. Os rituais de encoleiramento podem ser privados (só entre o casal), semi-privados (na presença de amigos ou numa playparty) ou públicos (numa festa ou evento de BDSM, aberto a todos).

Meio-BDSM - Internet, festas, playpartys, munchs, clubes, confrarias, workshops[editar | editar código-fonte]

O meio-BDSM são os lugares onde ocorrem as relações entre os praticantes, onde encontramos nossos iguais.
Não obstante no Brasil esse meio não seja muito sólido e vasto como é lá fora, há certa coesão em alguns lugares.
A internet exerceu papel preponderante na criação de um meio-BDSM no Brasil, se é que podemos chamá-lo de “meio”, pois ainda é muito diluído — mas o fato é que antes da geração internet dos anos 90, e especialmente do boom da internet de 1998, não havia meio-BDSM nesse país, havia sim praticantes esparsos que não conseguiam encontrar seus iguais, diferentemente de países europeus, onde já existiam clubes temáticos há muito tempo.
Foi a internet que impulsionou o BDSM através de salas de bate-papos, listas de discussões, sites, mais recentemente blogs, que permitiram um intercâmbio entre os praticantes, permitindo que os iguais se unissem através de relações-BDSM ou mesmo apenas de amizade ou de contatos sociais. Com a internet um dominador do Acre poderia encontrar a sua submissa em São Paulo, por exemplo.
Por falar em São Paulo, foi lá que se formaram os primeiros clubes de BDSM do Brasil, sendo que até hoje essa capital é a que — pelo menos aparentemente, tanto virtualmente quanto presencialmente em festas e eventos — mais tem praticantes. Todavia, também há clubes e eventos no Rio de Janeiro.
Contudo, não podemos deixar de mencionar que também há focos de "vida BDSM" fora dessas duas maiores capitais do país, embora sejam apenas focos, sendo que o “grosso” do BDSM está mesmo em São Paulo e Rio de Janeiro, capitais.
Embora não haja clubes fora dessas duas cidades, há festas esparsas que costumam ocorrer de tempos em tempos em alguns estados do país. Nessas festas os praticantes podem trocar idéias num convívio social descontraído e também fazer práticas e realizar fetiches com seus iguais.
Existem também as playpartys, que são eventos mais fechados e seletos, onde pessoas que se conhecem ou que têm mais intimidade ou confiança realizam “meio que” uma “sessão coletiva” ou várias sessões individuais em seqüência, segundo liturgias próprias.
Playpartys ocorrem em vários lugares do país e de muitas nem ficamos sabendo, haja vista podem ser secretas e fechadas, entrando-se só a convite e/ou após aceitação do grupo. Entretanto existem as playpartys abertas e divulgadas, em que as pessoas podem participar desde que sigam as regras.
Aí já nota-se a diferença entra uma mera festa e uma playparty, visto que numa festa não há regras muito rígidas e todos podem participar, sendo que geralmente muitas pessoas comparecem; está mais relacionada ao conceito de “balada” baunilha, com a diferença de que são festas com decoração e algumas regras temáticas do BDSM, onde podem acontecer cenas.
Já uma playparty assemelha-se mais a um conceito de “roda de amigos”, onde se realizam apenas cenas; não é uma “balada”, é um “encontro”.
Existem também as confrarias, que são grupos fechados e geralmente secretos ou pouco divulgados que se organizam em sociedades com intuito de amizade, de fazer playpartys e de trocarem conhecimentos sobre BDSM e outros temas. Para entrar numa confraria você geralmente precisa ser convidado e aceito pelo grupo.
Ademais, há encontros sociais de BDSMers em lugares baunilhas, chamados de "munchs". Podem acontecer em qualquer região do país e são ideais para se começar a fomentar um meio-BDSM onde nada há, partindo-se depois para playpartys, cultivando o terreno para futuras festas e clubes.
Dentro dos eventos, festas e clubes podem ocorrer também workshops — aulas onde alguém exímio em algum assunto o explica para os iniciantes ou intermediários no tema específico. Por exemplo: workshops de técnicas de bondage, de ponyplay, de torturas com ceras quentes de velas, etc., explicando como se deve proceder e quais precauções se deve tomar.

Dress Code (código de vestimenta)[editar | editar código-fonte]

O dress code abrange as vestimentas que identificam preferências dos participantes de eventos-BDSM e/ou permite a entrada destes na playparty.
No Brasil é muitas vezes exigido dos participantes dos eventos que estejam trajados com roupas exclusivamente pretas, ou com algum figurino fetichista (roupas de courolátex,vinil) ou mesmo fantasias, eróticas ou não.
Na Europa, além do descrito acima, às vezes existem lugares em que o participante tem de ir com determinados símbolos (pulseiras, tecidos, bijuterias) que identificam suas preferências, como ser TOP, bottom, SW, ser encoleirada ou não, gostar de spanking, bondage, dogplay, etc., ser heterossexual ou homossexual, etc.

Velha Guarda versus Nova Guarda (BDSM Tradicional, Clássico ou Antigo versus "novo BDSM")[editar | editar código-fonte]

Durante a década de 90 formou-se esse meio-BDSM e a nossa cultura, ainda que limitadamente, sistematizou. Pessoas mais antigas no meio costumam reclamar que os costumes e ritos tradicionais, que os princípios do “verdadeiro” BDSM estão sendo muito transgredidos pela “nova turma”, de modo semelhante a um conflito entre gerações.
Antigamente, era comum se ver relações de puro BDSM, sem misturá-lo com condutas ou sentimentos não-BDSM. Cada um, é o que dizem, cumpria o seu papel dentro do BDSM e pronto. De acordo com essa visão, hoje em dia se vive uma invasão de "baunilhas apimentados" (fetichistas muito leves, que apreciam pequenos fetiches para apimentar a relação), de fetichistas, de pessoas despreparadas sem um mínimo de conhecimento básico e de baunilhas “paraquedistas”. Houve, como dizem, uma "baunilhização" do meio.
Hoje é comum vermos, com os avanços da internet e certa popularização do fetichismo na mídia, a invasão de “paraquedistas”, sem contato com a filosofia-BDSM, querendo apenas sexo fácil e acreditando que o conseguirão mais facilmente dentro do meio BDSM do que fora dele, crendo, por exemplo, que uma mulher submissa ou masoquista aceitará sexo com qualquer um. Abundam também falsos mestres, que fingem dominar um conhecimento que não possuem.
Acontece também a invasão de certas pessoas que gostam de determinados fetiches, mas que não são BDSMers na acepção estrita do termo. Por exemplo, pseudo-submissas, que gostam determinados fetiches, como apanhar ou ser amarrada, mas que não têm o desejo de servir um dominador, ou seja, não fazem tais coisas para agradar o seu Senhor, mas apenas para realizar as suas fantasias - o que não significa que uma "verdadeira" submissa deva fazer tudo sem prazer. Na maioria das vezes a submissa gosta do que realiza, mas o foco é o prazer do dono, então muitas vezes ela fará também o que não gosta para agradá-lo. Se ela só aceita fazer o que gosta, visando somente seu próprio prazer, estamos diante de uma fetichista apenas, não de uma submissa.
Outrossim, com a popularização do BDSM nas mídias, muitas pessoas despreparadas — que embora sejam BDSMer, não estudam primeiro as práticas que pretendem fazer, violando a questão da Segurança — ocasionam acidentes de leves a graves ou até a morte, quando tudo isso poderia ser evitado se se estudasse antes o que se pretende pôr em prática. Para tanto existem livros, sites, eventos, workshops, e outras fontes de pesquisa e informação. Maiores cuidados devem ser empregados em relação a práticas mais agressivas, como um spanking forte, uso de agulhas, asfixia, suturas, imobilização severa, etc.: todos os procedimentos de segurança devem ser estudados antes, minimizando ao máximo possível os riscos. Com a massificação do BDSM e a desinformação geral, é necessária muita cautela na escolha de seu par e também são bem vindas campanhas e veiculação de informações pertinentes, visando à elevação do nível geral de conhecimento dos praticantes de BDSM.
Outrossim, está comum atualmente uma mescla de BDSM e práticas não-BDSM. Existem praticantes que se casam com seu par e/ou que misturam romantismo e BDSM, como, por exemplo, levar a escrava (e namorada) para um jantar romântico, para uma sessão de cinema, tratá-la com adjetivos carinhosos, levá-la para uma viagem romântica e outros atos tão comuns no mundo não-BDSM. Não se julga errada a mistura do BDSM com romantismo e/ou outras práticas não-BDSM; cada casal sabe de si e do que é melhor para si. Desde que tudo seja feito de modo consensual, honesto e claro e com segurança, não há problema. Entretanto, que as terminologias sejam mantidas, com o fim de rigor terminológico e para facilitar a comunicação entre as pessoas. Caso queira misturar BDSM e romantismo, quando se referir a coisas baunilhas e românticas, que admita NÃO tratar-se de BDSM. Cada termo deve ser empregado corretamente para evitar mal-entendidos.

A visão da sociedade: perspectivas[editar | editar código-fonte]

Tem-se visto recentemente uma abertura em relação ao BDSM na sociedade, a imagem tem sido mais positiva por causa dos vários materiais de comunicação que vêm, aos poucos, de forma tímida, desmistificado o BDSM como perversão sexual; vários filmes, revistas, livros, artigos e até pesquisas científicas vieram nesse sentido, expondo a nossa cultura underground para as massas e tornando o meio e os praticantes mais populares; isso é um processo de abertura que começou com Sade e Masoch e continua até hoje.
Não obstante, o preconceito ainda é forte e muito demorará para que se possa falar abertamente sobre o tema com qualquer pessoa ou andar com uma camisa escrito: “sou sadomasoquista”. Deve-se apenas falar de nossas preferências para quem está preparado, ou seja, para quem também é BDSMer ou para quem, mesmo não sendo, é de confiança e tem a mente aberta, é livre-pensador ou ao menos não é preconceituoso ou discriminador nesse tema. Na dúvida, o melhor é ficar em silêncio e não contar nada, visto que não se sabe a reação que as pessoas podem ter em um assunto como esse, envolto em preconceito, ignorância e discriminação. Entretanto, as pessoas geralmente não gostam do diferente e o discriminam, então tomar precauções para que não sejamos “descobertos” é de bom tom, não revelando nossas preferências abertamente, no máximo usando algum símbolo característico do BDSM, como o triskele — que representa as três tríades: o B/D, o D/s e o SM; o SSC; e o TOP, bottom, switcher; algo que aqui no Brasil ainda é seguro, porquanto a população pouco sabe e muito menos ainda sobre o símbolo; o mesmo não vale, p. ex., para os estadunidenses, onde tal símbolo, segundo dizem, já é conhecido dos baunilhas, ocasionando preconceito o seu uso.

BDSM e Sexo Seguro[editar | editar código-fonte]

Slave gagged and chained in a dungeon (3214).jpg
Os praticantes responsáveis e maduros do BDSM primam pela segurança nos relacionamentos, envolvendo ou não sexo penetrativo, especialmente quando as práticas envolvam uso de instrumentos que possam ferir a pele da pessoa submissa. Quando o relacionamento envolvendo sexo se dá de forma não-exclusiva, com múltiplos parceiros, é absolutamente essencial a utilização de proteção de barreira do tipo "camisinha", seja ela de qualquer modelo. Além disso, há procedimentos para limpeza e esterilização de instrumentos que sejam usados por mais de uma pessoa, evitando, dessa forma, possibilidade de propagação de doenças, sejam estasDSTs ou outras.

Símbolos[editar | editar código-fonte]


Bandeira Leather Pride, um símbolo da subcultura BDSM e Fetichista.

Emblema triskelion do BDSM.
O símbolo oficial da comunidade BDSM é uma derivação do triskelion. O Triskelion é a forma básica do emblema, com três "braços" curvados para fora do centro e fundindo-se com um círculo abrangente. O Triskelion é uma forma antiga, que teve muitos usos e muitos significados em muitas culturas.
O símbolo BDSM verdadeira deve atender aos seguintes três critérios: 1) Os aros e os raios são de um metal de cores, indicando neste caso ouro, ferro e prata. 2) Os aros e os raios são de largura uniforme com os braços girando em sentido horário. 3) Os campos internos são pretos. 4) Os buracos nos campos são verdadeiramente buracos e não pontos.
Mais informações sobre o símbolo pode ser encontrado em The Emblem Project
Os itens e estilos de BDSM e fetiche têm sido amplamente difundidos na vida cotidiana dos sociedades ocidentais por diferentes fatores, tais como moda de vanguardaheavy metal​​subcultura gótica, e séries de TV de ficção científica,1 e muitas vezes não são conscientemente conectados com suas raízes BDSM por muitas pessoas. Embora tenham sido confinados principalmente às subculturasPunk e BDSM na década de 1990, desde então têm se disseminado para partes mais amplas das sociedades ocidentais.
bandeira do orgulho de couro é um símbolo para a subcultura de couro e também amplamente utilizado dentro de BDSM. Na Europa continental, o Anel de O é difundido entre os praticantes de BDSM. O Triskelion é comum em comunidades de língua inglesa.